quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

... NA BEIRA DA PORTA.

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Sentei hoje na beirada da porta de onde podia ver a chuva caindo. Por aqui chove incansavelmente. 
Lembrei de muitas coisas. Das boas as ruins
Fiquei ali por muitos minutos. Sem querer saber de prosa.
A voz aqui tem falhado.
Ando muito sem saber o que fazer com a vida.
Qual lado ir. Que rumo tomar.
Sinto-me deslocada dentro do próprio quarto. Como se este espaço já não me pertencesse.
Sinto-me estranha por isso.
Se me perguntam o que tenho, juro que não tenho nada.
Só não tenho muito o que dizer, nem o que contar.
As novidades chegam por todos lados.
Mas daqui não tem partido nenhuma.
Nesse silêncio que tem feito os meus dias mando sinais pelo vento.
De todo coração fecho os olhos só para desejar.
Sei que a virada do ano novo já passou faz uns dias.
Mas me propus a desejar coisas boas durante todo o ano.
Quero construir um castelo esse ano. Mas não sozinha.
Cansei de estar sozinha.
Quero construir junto. Mas já aviso que sozinha não sei sustentar.
Mas antes há tantas coisas indefinidas por aqui.
Que nem sei pra que santo rezar.
Mas de uma coisa tenho me enchido todos os dias.
Tenho me enchido de fé, caso a voz não torne a voltar.
Passa tempo, passa logo.
Ou então me faça te aceitar.

2 comentários:

  1. Cansar é o primeiro passo para organizar o nosso redor.

    2011 chove insistentemente, precisamos entender logo esse alemnto, ou sussurro.

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  2. Uma palavra...lindo!
    Muitos sentimentos para expressar,hein!Nada mais simples e,ao mesmo tempo, complexo para expressar que sentimentos, e você encontrou uma forma maravilhosa para fazê-lo!

    Beijos!

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