quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CASAMENTO DOS SONHOS


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Fiz o casamento perfeito.
Do coração com o cérebro.
O coração nessa história é donzela, o cérebro, o cavalheiro.
Enquanto o coração pulsa nas batidas perfeitas e faz festas com os encontros,o cérebro conduz todas essas emoções usando de sua razão.
Nessa união há uma sintonia de vida intensa, regada com muito amor e inteligência.
Miudezas são acolhidas a todo tempo, deixando com que o maior fruto dessa relação cresça em liberdade.
É afrodisíaco ver essa troca de gentilezas.
Percebo que já não há mais conflitos desde a união.
Eles crescem e fortalecem seus laços, plantam sementes de esperança por onde passam sem esperar os resultados.
Em cada batimento o coração não mede esforços para se entregar.
Na busca por infinitas alegrias lança sorrisos acolhedores.
Deus abençoa essa relação. Na verdade foi Deus quem os juntou.
Fez das brigas , aprendizado.
Fez dos choros, crescimento.
Hoje o cérebro prepara a cama para o coração deitar. Enfeita a casa pra se sentir bem.
Escolhe a melhor música para namorarem.
Oferece o aconhego do silêncio para se entenderem.
Até quem está de fora compreende tamanho afeto.
A troca de mensagens entre eles é sutil. Basta um pensamento e eles fazem das vontades, verdades.
Talvez muitas pessoas sonham com essa relação. Forçam esse momento.
Mas até eles conseguirem esse ponto exato, muitas desiluções aconteceram.
Na acidez do temperamento forte do cérebro, permitiu que muitos sonhos escapassem.
Esses sonhos que foram criados no coração, não podiam ser sonhados.
Mas o tempo, grande conciliador de tudo, amaciou esse cérebro. E fez do coração seu maior refúgio.
Devagarzinho foi derrubando as paredes e no lugar construindo pontes.
Fez dos desentendimentos lições pra uma vida toda.
E dessa união o maior fruto foi gerado.
Se você prestar atenção vai perceber de quem se trata.Em paz comemoro essa relação.
Esse fruto sou eu, falo com muita devoção.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

UMA DOSE DE CORAGEM, POR FAVOR.




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Não sei de onde essa moça arrumou tanta coragem.

Deve ter ficado sentada no portão de casa pedindo um pouquinho pra quem passasse por ali.
Ela não planejou o dia que iria juntar sua trouxa.
Apenas desejava que isso acontecesse no tempo certo.
Pois bem, aconteceu.
A moça chegou para sua última semana de serviço e viu sua mesa ocupada.
A posição do teclado estava diferente, o mural sem as fotos e o recadinhos que ela tanto gostava, empilhados num envelope.
E até sua inseparável garrafinha de água não se encontrava por ali.
Naquele primeiro momento, a tal moça não deu muita importância. Pediu licença e foi checar seus emails. Como de costume.
Eram dezenas de emails em reposta a sua despedida.
Eram carinhos e gentilezas sem fim. E até alguns pedidos pra que ela ficasse.
Pois não teve jeito.
Apesar dessa moça não saber virar uma página da noite pro dia, quando ela decide dar o tchau, a decisão já tinha sido tomava em seu coração sem nem ela perceber.
Mas a moça não parte com lágrimas nos olhos.
Nem toda despedida é um adeus. Ela considera um até breve.
Porque certas amizades não terminam quando um contrato se encerra.
Aquele jogo tinha acabado. O placar marcava vitória. Mas não era só pra ela.
Era pela coragem dela. Coragem de romper. De acordar num amanhã incerto.
Mas cheio de esperança. Esperança em um Deus que sempre esteve do lado. E irá continuar.
Toda mudança exige escolhas. Toda mudança é um pouco de morte. É um corte na rotina.
Mas ela nunca teve medo. Pelo contrário. Por meses a fio se preparou pra esse dia. Desejou esse dia.
E agora a moça vai abrir as janelas. Vai escancarar as portas.
Vai se encantar com todas as possibilidades.
Com vinte e poucos anos ela decidiu bater suas asas. Pela primeira vez. Amadurecer mais. Experimentar.
Ela tem dentro dela uma porção de borboletas voando. Se sente menina nova. E ao mesmo tempo uma mulher bem resolvida.
Naquela tarde ela fez um certo balanço.
Das experiências ali vividas.
Das segundas-feiras chegadas com o fim de semana martelando na cabeça. Das sextas-feiras sonhadas.
Das pessoas conhecidas. Das amizades conquistadas.
Percebeu que sonhos bobos foram realizados, mas que sonhos impossíveis também foram conquistados.
E que até hoje ainda não tinha aprendido atender o telefone sem falar rápido. Mas que aprendeu que bom humor resolve metade dos problemas que alguém trás.
Agora a moça quer crescer. Quer mais da vida. Mas não quer o lugar de ninguém. Quer o dela. Reservado e prepado por Deus.
Aprendeu a se apreciar. Em todos os sentidos. E com ela vai toda essa vontade.
Com sua trouxa vai virar as costas. Mas nunca vai se esquecer, do que aqueles 3 anos fizeram por ela. E na vida dela.
Ela sabe de uma coisa, de um segredo que faz tudo ficar mágico:
Que só vai ter calma e paciência, aquela pessoa que sabe o valor que tem.
E ela, sabe.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

COMEÇOU O FESTIVAL!!!



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Ensaio uns passos novos.
Que é pro festival de dentro que vai começar.

O que toca aqui no peito não é só uma zabumba, aqui toca uma banda inteira. 
Hoje começa a primavera e tenho um valor incalculável por ela.
Acho que também você deveria ter.
É o inverno que bate asas e a vida que chega na estação.
Pra renovar tudo. As flores, as cores, os amores.
Nessas noites enluaradas saio por ai pra sentir o vento da noite.  E até o vento canta no meu ouvido.
Aqui na minha hortinha já começou a pingar. Cai logo chuvão!
Os dias passam fazendo graça. E as horas passam fazendo charme.
Descubro coisinhas pequenas e deslumbrantes por onde olho. Presentes, laços, comemorações.
Acabo dançando em uma trilha sonora nova. Envolvente.Encontro as respostas sem ter que fazer peguntas.
Colho sorrisos mandados pelos amigos. Recebo elogios que me fazem corar.
Chega alguém pra me avisar uma coisa, que a especialidade de não avisar nada é coisa de Deus.
Que tudo muda quando realmente queremos isso.
Você vai entrar sem bater???
Já aviso que aqui a casa é ventilada, que o coração é quente, e que só gosto se as coisas forem bem simples.
Solto um bom dia no espelho.
Solto um riso pra um desconhecido na rua!
Solto os cabelos, a gargalhada e o coração!
Porque já é setembro. O mês das grandes mudanças, de vida nova, de esperança.
E quero mais é isso. Acho que você deveria querer comigo.
A novidade, o diferente, o emocionante.
Apaixonar por tudo que me faz os olhos brilharem.
Falar das bobeiras da vida.
Fazer piada dos problemas do cotidiano.
Sentar no portão no final da tarde.
Vai ser bom pra você aprender esses passos novos.
As cortinas se abriram e o festival está só começando.
Vem logo???? Eu estou te esperando.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

PRESENTE DE DEUS.

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Personalidade é o conjunto de muitas observações e experiências.
É a soma de cada pedacinho de alguém que passou ou está em sua vida.
E as mudanças no comportamento é tudo que ainda está por vir.
Sendo assim agora sei me definir.
Sou um pouco da Thaís quando uso o raciocínio rápido e bem humorado. E a paciência e tranquilidade da Maísa quando tento entender algo.
Sou a risada escandalosa e sincera da Grasiele e um pingo da sensualidade e displicência da Carol . Um pouco da timidez e pureza da Larissinha ao chegar em um lugar e um pouco do glaumor da Larissa Nani para entrar arrasando.
Quando paro e penso, vejo que tenho a prosa agradável e o carisma da Edvane e toda singularidade que faz da Giane única. Tem dias que quero ficar no meu mundo como a Queli e aproveitar dele pra realmente curti minhas coisinhas. Mas tem outros dias que sou como a Sâmara e quero estar em todos os lugares, aproveitando o que a vida tem de melhor.
Acho bom quando acordo com o jeitinho meigo da Samanta, toda sorridente e cheia de carinho, mas também acho ótimo o dia que acordo Talita, um furacão por onde passa.
As vezes me vejo toda trabalhada no esforço e persistência da Lidiany, e pra completar toda centrada e prestativa como a Cristiane.
Há um momento aqui dentro que sou Sandra, e tenho o maior coração do mundo pra querer ir atrás dos meus sonhos, misturo isso com toda fé e a alegria que só tem na Anelise e pronto, encontro a força e a garra da Letícia.
Por assim pensar agora sei que tenho um pouquinho de toda gentileza incomparável do Adriano e um tiquinho de nada do talento grandioso do Daniel Damas.
E se aprendo a ser o melhor de cada um, então eu também sou a esperteza e agilidade do Jorge Henrique, misturado com a atenção e boa vontade do Anginaldo. E agradeço também por saber plantar flores em muitos jardins como a Jackie.
Hoje sei que sou um pouco também do Heron quando não me contento com uma resposta que não me convence. E um pouco do Talles quando sou espontânea e sincera com o que eu penso.
Busco sempre estar com o sorriso e amizade da Bela no rosto. E se possível com toda cumplicidade do Felipe quando um amigo me procura.
Quero ter sempre comigo a beleza de cultivar amizades como a Laís Mesquita e a prosa de contar caso e trocar conselhos como a Chrys.
Mesmo de longe quero estar presente na vida de quem eu amo como o Léo faz e quero poder ter um tiquinho do amadurecimento da Déia pra querer ir sempre adiante.
Se sou tudo isso não poderia deixar de ser um pouco da seriedade e competência do Jeferson, e nem me esquecer de ser família como a Giselle.
Em cada um busco o que me completa, somo e me crio. Do Thomaz aprendi a ter meus dias de paz pra levar a vida e da Laís Alexandre a simplicidade de gostar das pessoas como elas são.
Assim, Deus tem preparado presentes, fazendo um pacote bonito com uma fita de laço vermelho todos os dias. E de acordo com as minha necessidades vai deixando esses presentes pelo caminho.
Esses presentes bonitos são vocês.
E a cada encontro vou me transformando. Vou aprendendo. Vou observando.
E se personalidade são essas características únicas, eu afirmo que sou feita desses GRANDES pedacinhos de VIDA.
Vidas que me completam. Vidas que me somam. Vidas que eu vivo.

domingo, 19 de setembro de 2010

VISITA INESPERADA


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Se eu te contar você não acredita.
Você não sabe quem veio pra uma visita.
Puxou a cadeira e me fitou.
Falou com voz firme e sapecou:
- Só saio daqui quando você tiver certeza das coisas.
Eu, moça desconfiada fiquei sem saber o que fazer.
Quis correr e atrás da porta as vassouras colocar.
Fingir que eu estava de saída e um pó de arroz no rosto passar.
Mas não adiantou.
A visita sentou, se instalou, desceu com as malas e ali ficou.
Sentada dia inteiro.
Me olhando. Silenciando. Aguardando minha pronúncia.
Sua presença me incomodava. Eu perdia pouco a pouco a liberdade.
De mansinho foi me mostrando o que tanto eu escondia.
Fiquei inquieta. Querendo que ela ajeitasse sua trouxa e colocasse o pé na estrada.
Mas ela abiru seus pertences e foi me mostrando tudo que não estava mais dando certo.
Me falou sobre um amor que bate aqui no peito e precisa ir embora.
Discursou sobre minhas mudanças.
Perguntou sobre minhas vontades.
Questionou sobre o que realmente eu queria.
Não teve jeito de escapulir. Então puxei a outra cadeira e sentei na sua frente.
Cara a cara.
E "destampei" a falar. Sem vírgulas, sem pontos. Sem entonações e sentimentos.
Falei de tudo. E quando eu perdia o folêgo tomava um impulso e começa tudo outra vez.
A visita se surpreendeu com minhas palavras.
Disse que eu precisava de um tempo.
Falei com minha voz grave: -Outro tempo???
- Por acaso a senhora sabe quanto tempo eu estou de tempo???
Lá se vão alguns meses, talvez o inverno o todo.
- Não quero mais saber de tempo. Quero saber de vida.
Fui ficando "cabreira", de semblante fechado, de poucas palavras.
Não me venha pedindo calma que nem te chamei pra essa visita.
Ela ficando preocupada com meu estado, foi até a cozinha e um copo d'água com açúcar preparou.
Pediu que eu tomasse e esperasse alguns minutos. Concordei.
A prosa seguinte foi diferente: Ela não sabia que estava acontecendo tudo isso.
Que eu estava segurando sozinha todas essas rédeas. E sendo tão amável se ofereceu pra me ajudar.
Que o que ela queria nesses últimos tempos era só me fazer pensar. Me fazer mudar.
Pois bem, já viu que eu mudei não viu? Agora coopera comigo.
A visita estendeu seus braços e cochichou no meu ouvido:
-Minha querida, sou eu, Sua Vida, vim só prosear a pedido de Deus.
Deus estava já ficando preocupado com seu estranho sumiço, pediu que eu viesse.
Mas agora sei do que você precisa: Você precisa de Amor.
Então eu estou aqui, e vou ficar aqui. Vou abrir seus caminhos. Vou segurar suas rédeas. Vou te fazer sorrir.
Porque você minha querida, você merece. Você é especial. É diferente. É carnaval e retiro ao mesmo tempo.
É dança, poesia, palavras, carinhos e prosas.
Eu, com toda minha desconfiança de sempre apertei ela contra meu peito e não tive dúvidas.
Um alivio me tomou e bem alto pro mundo gritei:
AGORA, os tempos são outros!!!
Amém.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

QUERO COLO


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Sim, pode parecer incrível.
Mas hoje tem um tiquinho de tristeza nesse coração.
Uma vontade de sentar no banco da praça e só ficar olhando o movimento da cidade.
Aqui da minha janela vejo um passarinho sentado no galho de uma árvore. Ele parece feliz com essa manhã gostosa.
Mas eu, não.
Hoje esse tiquinho de tristeza invade meu peito. Me faz sentir mais cansada que sozinha.
Quero um colo.
Um colo amigo,  de alguém que não faça esforço pra me compreender.
Um colo que venha com dois ouvidos e uma mão pra me fazer um cafuné.
Que somente me diga: Deite aqui, que isso também vai passar.
E ali ficar quietinha. Sem ter que dizer nada.
Tem dias que a gente não precisa dizer nada, e na verdade não tem nada pra dizer.
Como hoje.
Tem um nó aqui na minha garganta. Está me apertando mais que colarinho de padre.
E por olhar nessa tela, percebo o quanto meus olhos estão marejados. Porque a cada segundo a visão fica mais embaçada.
No fone toca "resposta" do skank, tenho a impressão que hoje ela foi feita pra mim:"sem mais, eu fico onde estou, prefiro continuar distante". É terceira vez que ouço.
Minha caixa de emails está transbordando. Pessoas esperando uma resposta.
Mas nesse dia, quem quer respostas sou eu.
Mas nesse dia, quem quer respostas sou eu.Não sei de onde vem essa tristezasinha!
Pititinha, mas que incomoda.
Ainda não achei um culpado.. talvez sejam culpados. No plural.
Que é pra culpa não ser grande pra uma pessoa sozinha.
Hoje quem pede sou eu. Você me empresta seu colo???

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SEDUZINDO

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Sabe o que queria?
Ser dona de uma palavra.
Inventar ela.
E sabe o que você seria?
O único dono do significado dessa palavra.
Será que você um dia entenderá o tamanho disso???
As vezes eu queria que você gostasse de mim.
Mas gostasse por alguma coisa que um dia já escrevi pra você.
Aprendesse a ler nas entrelinhas.
Existem mensagens escondidas pra você.
Olha, eu não sou boa com as palavras quando se trata falar de você.
Na verdade, talvez eu tivesse que inventar uma nova linguagem pra me comunicar.
E ensinar a essas pessoas que pra aprender, primeiro tem que aprender sobre você.
E pode até não parecer, mas saber o tom da sua voz, e as pronúncias de suas palavras exige observação.
Graças a Deus aqui tem de sobra.
Outro dia descobri porque você chegou na minha vida.
E pra sua surpresa eu descobri porque também ainda não consegui mandar embora.
É que você ainda não sabe, mas lá no fundinho você também gosta de mim.
Eu sinto.
E sabe o que você está fazendo agora ao ler tudo isso?
Dando um risadinha gostosa de canto de boca e pensando:
-humm, essa menina é fogo.
Se sou fogo, só você sabe. Mas a chama está baixinha.
Num conto pra ninguém, mas tenho aqui pra mim que vai voltar a incendiar jajá.
Sabe o que faço no meu tempo livre?
Eu me divirto e me guardo.
Me divirto que é pra não perder a alegria de viver.
E me guardo porque só eu sei quanta brasa pra queimar você tem.
Ou você acha que é fácil acompanhar seu ritmo. Sorte a sua que sou de bem com a vida.
E que risada pra mim é combustível da alma.
Você me conhece. As brincadeiras.
Está com saudade?
Então espera. Tem muita dança, tem abraço, tem música brega, e tem alegria.
Você quer? Então faça seu charme, que eu aproveito e jogo lenha nessa fogueira.
Sedução pra mim nunca foi um problema.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

TROCENTAS XÍCARAS


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Proseando com uma pessoa outro dia, ela fez brincadeira de que queria ser outras coisas.
Jogador de futebol, violeiro, e talvez até piloto..
Naquele momento não cabia reflexões. Prosa descontraída, divertida, momento pra relaxar...
Mas em casa, mais tarde, deitei e fui pensar.
Essa possibilidade de ter outras possibilidades.
De escolher outras coisas. De expandir horizontes.
Sabe o que precisamos todos os dias de manhã??
De trocentas xícaras de café!!!!
Uai, mas pra quê tudo isso???
Oras, pra ver se acorda pra vida!
Fiquei me perguntando onde estava escrito que eu só podia passar pela vida sendo uma coisa só.
E nem quero isso. Como está escrito no perfil de uma grande amiga minha: "Deus me livre de ser normal".
Talvez o comodismo nos faça ficar satisfeito com tudo. " Tá bom assim do jeito que tá mesmo".
Está??? Otimo pra vocÊ.
Porque eu sou daquelas pessoas que tem sempre sede de mais.
Tenho sede de vida. Sede de aprender. Sede de estar com meus amigos.
Sede de amar. Sede de conhecer outros lugares. Sede do NOVO.
E agora olhando um minuto pra trás, vejo quanto tempo perdi me censurando.
Não acreditando no que posso ser capaz.
Talvez você também se sinta assim.
Assistindo o que passou e o que não fez por você até agora.
Mas sendo otimista, vejo quanto tempo ainda tenho pela frente.
E você também.
Noooossa, já estamos em setembro!!!
Não... ainda, estamos em setembro. Ainda dá tempo.
Tempo de você querer mudar.
Tempo de você escolher ser outra coisa.
Se você já não é mais feliz no emprego que está, se não curte mais aquele namoro sufocante, se as amizades não são mais as mesmas..
Joga fora, apegue em Deus e vamos embora.
Ninguém aqui está falando que  é fácil. Mas impossível não é. Quantas histórias você deve ter aí pra contar de alguém que mudou tudo.
Qual será a graça de passar pela vida e depois viver de "se".
Risquei o "se" da minha vida. Risque você também.
Conheci um senhor nesse fim de semana que me disse:
- Problemas todos temos, mas quando se quer uma coisa, não devemos focar nos problemas, devemos focar só no que queremos.
Sabe o que ele tem???
Ele tem toda razão. Talvez era isso que eu precisava de ouvir. E você também.
Mesmo não gostando de café, depois dessa... tive que tomar trocentas xícaras.


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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ME CONTA????


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Hoje se você puder e tiver um tempo, me fala de você.
Vem me dizer das suas dores e de seus amores, se ainda estão no seu coração ou se já colocou do lado de fora.
Fala, estou aqui.
Diz o que nunca faz tirar esse sorriso dos lábios.
E o que faz você vibrar na sintonia exata das vontades.
Fala sobre seus sonhos, que te faz acordar todos os dias junto com os pássaros.
Me diz sobre aquilo que você já aprendeu esse ano.
E o que ainda quer aprender.
Me conta sobre as receitas que te dão água na boca.
E o que gosta de fazer pra se divertir.
Me fala qual a música que hoje não sai da sua cabeça.
E de alguém que sente saudade.
O que você quer?
Me conta que paro tudo e vou buscar.
Vou correndo e levo pra você, toco a campainha e deixo na sua porta.
Te dou minhas vontades e um pedaço de chocolate.
E meu tempo que às vezes é tão pequeno mas que pode ainda ser teu.
Lá em casa eu tenho uma caixa onde guardo textos e cartas.
Tem coisas suas lá. Passa lá pra pegar.
Hoje quero só saber se você chora quando o xampu cai no olho.
E se quando você deita olhando pro céu fica procurando jacaré nas nuvens.
Tenho guardado um mapa pra um lugar que dá pra ser feliz todo dia.
Nele está marcado com um X em azul. De lá dá pra ver o que está acontecendo de cá.
Mas é segredo isso. Depois te conto mais.
Me diz sobre seus planos mirabolantes de uma vida normal.
Se for pra ver você feliz e se quiser,  faço o esforço de ir embora.
Mas de longe fico espiando e rindo das suas bobagens.
Não sei de muita coisa, mas estou aqui pra aprender junto com você.
Me fala sobre suas andanças. E o que tem visto por aí.
Tive notícia de uns lugares que você passou. E não foi ninguém que veio contar.
É que por onde você passa o céu muda de tom.
Hoje o que posso fazer é estender os braços e te oferecer meu abraço.
Preciso te dizer que aqui tempo ruim é só na meteorologia.
Que quando cai a chuva dá pra ver também o arco-íris.
E logo logo, volta a fazer aquele solzinho gostoso da manhã.
Eu vou ficar aqui. Hoje não quero falar nada de mim.
Quero ouvir sua voz e prestar atenção no que tem pra dizer.
Tudo isso me faz diferença.
Acho que você não sabe.. mas saber dessas coisinhas suas, me alegra o dia.
Ou será que você não é nada disso que eu penso?
Anda... me conta... me diz...
Fala também se você reza todo dia antes de dormir.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PEDAÇO DE MIM

Fico na espreita dos acontecimentos.


Escrevendo e apagando.


Rascunhando e guardando.


Sinto que só cabe a mim, sabê-las.


Embora ache de um certo egoísmo guardar sentimentos.


As palavras me definem. Ou seria o contrário?


Com elas denudo-me. Sem nem ficar corada.


Através das palavras me declaro, partilho me entrego.


Deixo de lado censuras, moderações e vergonhas


Falo aqui sem gaguejar. Sem titubear. E ainda posso enfeitar o final...


Talvez se você me encontrar por aí não acredite do que sou capaz de escrever.


Ou então de pensar.


Muitas vezes escuto.. Não pode ser você que escreve tudo aquilo!


Uma enxurrada de sentimentos, de intensidades, de gentilezas.


É que os momentos comigo são tomados de pura descontração, feito de piadas e brincadeiras, bobagens e inutilidades.


Capaz de fazer quem não me conhece, duvidar.


O que algumas pessoas não sabem é a seriedade que existe por trás das brincadeiras.


Que cada um tem seu jeito pra falar verdades, e o meu é escrevendo.


Às vezes nem eu mesma acredito.


De onde vem tanto querer.


Fico perdida entre tantas coisas pra se dizer, mesmo quando tenho a certeza da palavra escolhida.


Pois quando releio, e dito aqui que isso acontece uma única vez, eu vejo todo meu sentimento ali.


Transbordando.


E se você olhar bem nos meus olhos vai conseguir enxergar isso.


O que acontece é que não sei falar.


Nunca soube.


As palavras ditas na minha voz rouca saem tremidas, erradas e imperfeitas.


Acho que por isso em aniversários, e outras datas, prefiro entregar o cartão e abraçar, sem discurso.


O cartão fala por mim.


Por isso, se um dia eu chegar sem dizer nada e te entregar um pedaço de papel, saiba:


Estou entregando um pedaço de mim.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PAI

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A primeira vez que senti falta de um "pai" eu já estava na escola.

No primeiro ano da escola. Foi quando eu tinha que fazer um desenho e entregar no dia dos pais.
Não lembro direito, mas devo ter entregue pra Dona Dita. Sem maiores perguntas.
Mas na ausência daquele que deveria cumprir com dignidade esse papel, veio outro presente melhor.
Eu não sei se um dia gostaria  de ser outra pessoa. Mas sei que se eu pudesse gostaria de ser o máximo parecido com ele.
Na verdade uma mistura de Pedro Camargo e de Dona Dita.
Talvez aí sim eu seria uma fortaleza completa.
Ele é daquelas pessoas que se orgulha da história que tem.
De quando ainda  aqui em Minas ia pra escola na rua de terra, e o único calçado que tinha, ele tirava dos pés pra não sujar, e tornava a calçar na porta da escola.
E eu me orgulho de ouvir essa história e muitas outras da infância simples junto com meus avós e da perda dos pais tão cedo.
Ele nunca teve estudo, tirando o diploma de "grupo", mas sempre foi inteligente e isso bastava antigamente.
Na verdade acho que basta até hoje.
Cresceu e pra cidade grande partiu.
Lá trabalhou de quase tudo. E venceu. E venceu muito. E da onde veio para onde está hoje, é de se bater no peito e dizer: eu consegui!!
Me emociono com grande facildade em falar dele.
Porque mesmo de tão longe sempre esteve presente na minha vida.
E pra tudo. De amor a dinheiro. De puxão de orelha, a mãos dadas andando na beira da praia.
O pai que eu deveria ter nunca se quer quis saber se meu dia foi bom.
Mas o pai que eu tenho sempre quer saber dos detalhes de tudo.
E nunca questionei Deus por isso. Ganhei outra pessoa melhor.
Feita de caráter, de alegria, de simplicidade e muita inteligência.
Benção de Deus.
Ao longo desses meus quase 24 anos, aprendi que não devemos nos revoltar com alguma coisa que não nos foi dada.
Que família é aquela que te dá amor e até brigas de vez em quando, mas que vão estar sempre te defendendo ao teu lado.
Meu Tio Pedro sempre foi assim. Mais que um tio. É meu PAI.
Pode até não ser biológico, mas tenho o sangue dele correndo em minhas veias. E pra mim isso que importa.
Por muito tempo achava esse assunto delicado. E pra poucas pessoas contava essa história.
Mas hoje vejo que tudo contribuiu pra ser a mulher que sou.
Quanto orgulho disso. Como é bom ser amada. Ganhar telefonema e abraço apertado.
Outro dia, tive um sonho ruim com ele, e meu coração apertou.
Liguei e realmente tinha acontecido algo. Com 80 anos já não se é mais tão forte quanto antigamente.
Meu coração ainda não aceita isso. Meu coração deseja muita vida pra ele.
Ainda tenho muito que fazer e preciso dele pra me dar bons conselhos.
Mas é de alma agradecida que penso em tudo que já aproveitei ao seu lado.
Um amor especial. Sincero. Puro.
Um homem que tatuei em sua homenagem uma estrela no meu corpo.
Que quando Deus me der um filho com certeza irá se chamar Pedro.
E que quando Deus levar ele de mim a vida nunca mais será a mesma.
Fecho os olhos pra pensar em tudo isso.
No quanto ele é importante pra mim.
Não sei mensurar o tamanho desse amor.
Mas sei curvar a cabeça diante de Deus e agradecer por ter esse sentimento e essa benção na minha vida.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

SETEMBRO

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Hoje acordei antes do relógio marcar 6:00am.

Espiei pela janela e vi que o sol já estava chegando.
Rua quieta e passarinho cantando.
Olhei pro céu e já estava azul celeste.
Acho que alguém já tinha passado por ali e feito tudo aquilo.
Pra ficar bonito.
Respirei fundo e agradeci. Era coisa Dele.
Me arrumei e sai. Brisa da manhã gostosa....
Arvores floridas. Coloridas. Enfeitando a vida.
Escutei o silêncio e apreciei. Fechei os olhos e finalmente senti....

Setembro enfim.... havia chegado.
(Eu adoro e você???).