domingo, 25 de março de 2012

COM SABOR DE SAUDADE


         



     
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Meu coração não cala.
Grita ardentemente por vida.
Pela vida que escorre pela nossas mãos.
Pela vida que é interrompida abruptamente sem aviso.
Meu coração bate lentamente diante dos fatos.
Sinto um aperto no peito querendo reunir todo mundo dentro da minha casa e não deixar mais ninguém voar.
Podar as asas das pessoas que tanto amo, só para tê-las ao meu lado por mais tempo.
Sinceramente minha deficiência é visível.
Não tenho compreensão suficiente para entender muitas vezes a vontade Dele.
Sou limitada e me sinto pequena diante dos mistérios de Deus.
Peço humildemente que conforte não só meu coração, mas o coração de todos aqueles que agora buscam um por quê.
Mesmo não tendo nenhum laço de amizade com as tragédias que andam acontecendo, sinto que somos todos muito frágeis.
Dotados de pouca, ou quase nenhuma certeza.
Sabemos só do minuto do agora, do amanhã somos somente pretensiosos e as vezes arrogantes fazendo planos mirabolantes.
Qual o sentido disso tudo?
Se muitas vezes tudo é interrompido no meio do caminho.
Peço mais sabedoria.
Peço mais compreensão.
Me faça entender as razões maiores.
Os sentidos.
As dores que causam em nosso peito.
Os laços.
Me faz abraçar as pessoas que amo.
Alivia essa saudade que me dá um nó na garganta.
Me mantenha firme no meu propósito.
Traga para perto muito mais, AMOR.

segunda-feira, 12 de março de 2012

MEUS 365 DIAS.

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Levei três dias para começar essa prosa.
Pra colocar as ideias em ordem, pra definir o que era a emoção.
Quando eu vim de lá, de onde tudo me conhecia, de onde já não tinha tanta novidade eu não imaginava o que a vida se tornaria.
Eu vim cheia de pré-conceitos.
Cheia de esperança e medo do escuro.
Vim com uma mala para um mês.
Com o dinheiro contato pro táxi.
Pra uma vida literalmente nova.
Vim de lá depois de 24 anos debaixo do mesmo teto, debaixo do mesmo céu estrelado de todas as noites.
No começo achei tudo muito estranho, tudo muito apressado, tudo muito quieto.
Mas depois veio noites alegres, amizades inusitadas, passeios, cidades novas, lugares diferentes.
Claro que pensei em desistir, em fugir, em voltar.
Mas não tive coragem.
Chorei tantas vezes, senti saudade, senti pavor.
Perdi uma pessoa pessoa especial, mas Deus me mandou logo outra.
Eu conheci aqui o amor.
Tive que viver 24 anos, tantos desses errados, com pessoas erradas para então conhece-lo.
Precisei abandonar minha vida de lá para encontra-lo aqui.
Mas hoje sei que demorou o tempo que precisava para estar pronta.
Encontrei trabalho, aprendizado e novas oportunidades.
Encontrei outro ritmo, outro céu, outros sorrisos.
Mas nada que substitua a saudade que sinto diariamente.
De tudo aquilo que formou para me tornar a mulher que sou hoje.
Esses 365 dias foram rápidos, faceiros, vividos intensamente.
Aprendi a me virar, a andar sozinha, a ir para todos os lugares.
Reaprendi a dirigir nessa terra de malucos, e dizem por aí que quem aprende a dirigir aqui, dirigi em qualquer lugar.
Eu concordo!!!
Não sei mais quantos anos vou completar por aqui, mas acho que para quem não ia durar uma semana, eu já durei tempo demais.
Sinceramente não penso em voltar.
Não por enquanto, há planos bons vindo por aí, e aqui é o lugar onde pretendo realizar alguns deles.
Só sei que sou outra pessoa, mais calma, menos impulsiva e dotada de muito mais paciência que antes.
Deus abriu uma janela bem devagar e eu chutei a porta abaixo! Pulei de cabeça!
Sem arrependimento nenhum posso dizer certa de uma: Agora os tempos são outros!!!!!!!