.
.
.
José encantou Maria pelos olhares quase que despercebidos.
.
.
José encantou Maria pelos olhares quase que despercebidos.
Maria não podia esconder de José seus pensamentos.
Era impossível dizer uma coisa e sentir outra.
José logo percebia a voz trêmula de Maria que tentava disfarçar com risadas.
Percebia no toque das mãos quentes que aquecia as mãos geladas de Maria.
Ela não aprendeu a ter diálogos distantes de José.
Qualquer palavra dita era preciso um toque.
Era preciso um esbarrão. Um carinho descompromissado.
Maria não entendia aquele jeito quieto e espontâneo de José.
Mas sabia que o que sentia aumentava um pouco mais a cada dia.
Tentava esquecer, se anular, se perder.
Até que um dia Maria teve uma grande surpresa.
José havia se apaixonado por ela.
Havia se encantado pelos olhares suaves que Maria disparava em sua direção.
Gostava do jeito que Maria o rodopiava pelo salão.
E não mais se conteve.
A reciprocidade foi instantânea, como nos filmes antigos que os casais se namoram pelo olhar.
Eles se beijaram.
E aquele beijo aconteceu diante de uma platéia anônima que passava despercebida por aquele lugar.
Sem saber que ali começava um grande amor.
Eles se abraçaram.
Como se aquele abraço estivesse guardado há muitos anos.
Como se Maria havia esperado muito tempo para descobrir que aquele rosto era o rosto do seu amor.
Que aquela companhia de José era a companhia que em oração pedia todos os dias a Deus.
Como se sensação de medo fosse anestesiada pela sensação do amor.
Maria não havia perdido o gosto pelo afeto.
Maria nunca tivera sido fraca para relacionamentos.
O que veio antes é que nunca foi forte o suficiente para prender Maria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário