sábado, 26 de fevereiro de 2011

MAS O MUNDO...


(..) Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme, braço forte
Num reino que não tem rei (..)

(Disparada - Geraldo Vandré e Theo de Barros)
 
 
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Preparo uma rede que é pra eu me deitar.
Faço da esperança companheira firme de jornada.
Nesse rodar do mundo vejo o mundo passar de novo nos mesmos lugares.
Mas não é que agora esse tal de mundo resolveu correr pra outros lados.
O que me resta é me juntar a ele.
Talvez o que está lá do outro seja o que eu tanto estou querendo ver de perto.
Meus olhos imploram por novas curvas, esquinas, pontes, horizontes.
Se me imponho firmeza pretendo vencer o medo.
E o medo só se vence domando.
Não requer coragem. Coragem é outra coisa.
Medo a gente vence na raça, na prática, na paciência.
Dá rasteira quando ele dá pulo de vitórias.
O medo a gente pega na unha, amarra com corda e despacha pra longe.
Tem que ser mais forte. Por mais que a gente acredite que não tenha forças.
A gente surpreende a gente mesmo!
E isso depois de um tempo chega até ser bonito.
O que não pode é deixar o medo te iludir.
Te vender falsas promesas.
Vou com o mundo. E se ele me quer tenho certeza que eu também quero ele.
Vou de olho bem aberto que é pra não perder nada de vista.
Se eu não fotografar com a máquina, eu fotografo com o coração.
E aí sim eu vou ter o acho de melhor na vida.
Vou ter história pra contar de um "reino que não tem rei".

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

PERSEVERAR

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Penso que o tocar da vida seja isso.
Quando o medo vem e embrulha nosso estômago o melhor remédio é a fé.
Tenho uma fé tão bonita. Tão grande.
Que as vezes chego a acreditar que está tudo indo muito bem.
Falo que vou, mas não vou.
Falo que fico, mas não fico.
E nesse correr da vida muito tempo se passou.
Faço dos dias meus amigos. Pois se eu fizer meus inimigos nem a janela abro.
O segredo de sorrir para as pessoas quando tudo não vai bem é saber separar cada coisa.
As coisas não vão bem. Mas as pessoas vão. E por isso que olho pra elas e ainda sorrio.
O fardo que cada um carrega é tão grande que não adianta torcer o nariz pro mundo.
O negócio é pegar o mundo no laço.
E dar um abraço mesmo que o mundo não esteja querendo.
Eu insisto em acreditar que dias melhores virão.
Até porque se eu deixar de acreditar vou perder o que tenho de melhor:
A esperança no coração e o brilho nos olhos.
Custei tanto pra ter isso e agora vou entregar assim de bandeja???
De jeito de nenhum.
Se está difícil eu juro que um dia vou fazer ficar mais fácil.
Perseverar.
Insistir mais um pouco. Um pouco a cada dia.
Eu acordo todo dia e falo: "é hoje".
Mesmo não sendo.
E continuo assim.
Sei que um dia todas essas sementes de amor que plantei vão florescer no meu jardim.
E aí sim eu vou ter certeza que valeu a pena passar por todo esse deserto.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

PARA ME AFOGAR


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O pior tipo de homem é o seu.
Alias, o melhor e o pior.
Assim, as duas características grudadas, unidas.
Tão juntas que confunde a cabeça de muitas pessoas.
Faz de mulheres como eu passar muito tempo tentando tecer um comentário sobre sua espécie.
Pois demorou todo esse tempo.
E de repente, depois de muito brigar comigo tentando achar respostas, enfim as encontro ali.
Nítidas a olho nu.
Na minha frente.
Simples. E de tão simples me confundiam.
Você é tudo que uma mulher quer e deseja.
É aconhegante. Presente. Ativo.
Sim, você leva, busca, liga, abraça, dança, beija.
Faz tudo que uma mulher deseja. E até coisas que elas nem sonham em desejar.
Você pouco a pouco tira a mulher do mundo dela e leva para o seu.
Apresenta, envolve, encanta.
Faz ela pensar que seu mundo é dela também.
Mas não se envolve.
Não se deixa conhecer o mundo dela.
Antes de qualquer decisão, mostra o seu mundo.
Leva para conhecer. Para passear. Para saborear aquela outra vida.
E a gente pouco a pouco se deixa levar esquecendo da nossa.
Até que um dia.
Um dia como outro qualquer. E que a gente acha que está tudo bem.
Você diz que não dá mais.
E usa da sua cruel sinceridade pra dizer isso.
Sem maiores explicações.
Sem mais.
Nem menos.
Naquele dia você gentilmente convida para se retirar da sua vida.
Não leva, não busca, não liga, não apresenta mais nada.
Você gentilmente continua de onde parou.
Não se lembra mais, não conversa, não procura.
Como você não participou do meu mundo não se sente acoado.
Pois quem participa do seu sofre a abstinência dos dias encantados no seu mundo.
Se perde, se castiga, se culpa por não saber o que fez de errado ou então o que deixou de fazer.
Não tem mais paz por muito tempo.
Porque cada dia de sol que amanhece se lembra de como era viver seu mundo.
Sente saudade.
Acha que nada mais tem jeito.
E passa muito tempo assim. Não permitindo que nada e que ninguém chegue.
Achando que só poderia ser feliz naquele mundo que você decorou.
Usa sultilmente de uma sedução irresistível para depois afogar cruelmente quem encantou.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MEDO???


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Quanto mais o tempo passa, menos conheço o ser humano.
E a certeza que ficará ainda pior daqui alguns anos ainda me assusta.
Quando acho que não posso mais me surpreender.
Eis que surge uma novidade. Um fato. Um detalhe.
O que mais você tem medo???
Eu tinha medo de coisa de outro mundo, mas hoje eu tenho medo de gente.
Gente que sorri de um jeito e pensa de outro.
Gente que te olha nos olhos docemente e dá grandes gargalhadas por dentro.
Gente que fala uma coisa e faz outra.
Gente que veste uma máscara de bondade e sorrateiramente leva seus dias de paz embora.
Tenho muito medo disso.
E mais medo ainda de saber que um dia alguém assim esteve perto.
Medo de gente faz a gente se conhecer melhor.
Faz a gente não importar mais com as palavras que a pessoa diz.
Mas ficar esperando o que ela faz.
E por mais que não saibamos o que ela faz. Um dia as histórias aparecem.
E aí que vamos descobrindo os detalhes que a compõem.
As doces mentiras. 
Que de tão doces, quase são verdades.
E a gente está tão obcecada, que qualquer sorriso bem dado nos comove.
Por isso continuo fincada com os pés no chão.
Já que pretendo passar por muito tempo por aqui, o melhor é me acostumar com elas.
Medo de gente....
Quem diria que um dia eu ia ter...
Deve ser os ares desses novos tempos, fazer o quê?!!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

DESCOBERTA.

(..) o que que agente não faz por amor? (..)
Bem que se quis - Marisa Monte


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Particularmente, essa é uma música que não me canso de ouvir.
E cada vez que a escuto, encontro uma interpretação diferente para cada frase.
Em especial hoje, esse trecho me fez pensar o quanto não ando mais corajosa.
Onde deixei aquele saco de coragem que eu tinha, que me permitia fazer certas loucuras por amor???
Tenho andado com os dois pés fincados no chão e a cabeça enterrada, como um avestruz.
Não faço mais questão de bancar essas loucuras.
E muito menos vontade fazê-las.
Nem de bater na porta de ninguém, nem de ir ao encontro do desconhecido, nem de dar murro em ponta de faca.
Nada disso.
Mas a pergunta é "O que que a gente não faz por amor???"
Acho que ainda posso fazer muito.
Mas todas essas loucuras me transformaram e me prepararam para o que ainda vem.
E certamente o que ainda vem não necessita de nada disso.
Nem de noites mal dormidas.
Nem de ansiedade.
Nem de medo.
O amor não tem nada a ver com o medo.
E só agora aprendi isso.
Quem sente medo, e o medo que eu senti antes por todas essas loucuras quer dizer que não eram verdadeiras.
E não foram, porque todas elas teve prazo de validade para se encerrar.
Umas mais tardes, outras mais cedo.
Mas acabaram.
Todas essas loucuras associadas ao medo que sentia não me permitiram fincar raízes.
Foram construídas sem colunas, sustentadas com ilusões.
O que busco e espero hoje, é diferente.
O amor tem que começar da sementinha.
Plantar no saquinho e quando a gente achar que a muda vai "pegar" passar pro vasinho.
Do vasinho para um vaso maior, do vaso maior, para terra e assim continuar até dar frutos.
Pensar que o amor nasce dessas loucuras todas foi de uma certa ingenuidade da minha parte.
Mas o tempo gasto com elas talvez não tenha sido em vão.
Cada um construiu um pedacinho de uma ponte.
A ponte que levará com certeza onde eu possa responder melhor a essa pergunta: " o que que a gente não faz por amor".
Daqui um tempo vou saber que farei muito mais do que suponho.
Mas sabendo que compartilhar tempo e espaço tem tudo a ver com amor.
Incondicionalmente.


Beijocasss!



domingo, 6 de fevereiro de 2011

... DO QUE EU QUERO

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Necessário: Aquilo que não se pode dispensar.
Então é isso que quero ser.
Necessária.
Tão necessária a vida do próximo quanto a minha própria vida.
Entenda que essa necessariedade não tem nada a ver com orgulho, prepotencia ou ser insubstituível.
Quero ser necessária ao que o próximo busca incansavelmente e muitas vezes não encontra.
Se me pedires amizade, que eu possa saber doar o meu tempo.
Se me pedires afeto, que eu aprenda a te amar.
Se me pedires atenção, que eu possa saber te escutar.
Se me pedires um abraço, que meu colo seja acolhedor.
E assim, mesmo que muitas vezes distante, ajudar.
Nem que seja só por pensamento.
E aqui o pensamento é feito de muitas orações.
Mesmo que muitas pessoas não fiquem durante toda caminhada...
Quero ser lembrada por ser aquela que abriu um sorriso e se possível, estendeu os braços.
Especial todos nós de alguma maneira somos.
Mas necessários são poucos.
Quero chegar lá na frente, fechar os olhos e sentir que fui necessária.
Que não passei a vida em branco somente pensando em como fazer o mundo girar em volta do meu umbigo.
Quero lembrar que a minha escolha foi feita de eu girar em umbigos alheios.
E dessa forma, viver muito mais. E melhor.
Quero ser um instrumento.
Um instrumento que Deus escolhe e então usa.
Usa para ajudar quem precisa.
Que eu aprenda a escrever.
Escrever palavras e coisas que possam auxiliar.
E se possível, e se não for pedir muito, que essas palavras possam servir de carinho.
Um carinho que às vezes acordamos precisando somente de um afago.
Se posso escolher o quero da vida.
Então quero somente isso.
Ser necessária.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

E AGORA???



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Eu queria saber o que você está pensando agora.
Se esse final de tarde te faz feliz ou triste.
Será que se eu te convidar para o paraíso você vai?
Olha só, eu não sei o caminho, mas a gente descobre junto.
Eu tenho uma certa urgência.
Tenho urgência em ser feliz constantemente.
Quer dividir essa urgência comigo?
Vem, faz dos teus dias meus também.
Vontade aqui tem aos montes.
Escolhe uma e leva pra você, que se não pensar em mim, vai pelo menos lembrar quem te deu.
Tenho também uma certa saudade.
Mas não sei bem do quê.
Deve ser saudade do que vem por ai.
Essa brisa que bate na porta eu já conheço.
Vem doce e suave e quando vai embora já virou ventania.
Mas se ela quer bater aqui na porta.
Que entre.
Seja bem vinda.
Porque o que eu já sei e o resto do mundo também é que meu verbo preferido é começar.
Sobre o paraíso anseio por sua resposta.
Coloco as mãos no rosto feito menina que não sabe se a resposta vai ser boa ou ruim.
Mas que a sensação de esperá-la faz a gente sentir uma porção de borboleta voando no estômago.
Diz que se brincar com fogo a gente acaba se queimando.
Mas e o que acontece quando já se queimou uma vez?
Será que queima de novo?
E agora??? Ah quer saber. Deixa estar. O que for pra ser, será.