.
.
.
Foi ali, sob a sombra de uma árvore que você repousou.
Ali em meio a tanto verde, água, peixes e bancos.
Foi ali, que pela primeira vez percebi o coração bater na garganta.
Ali onde eu senti as pernas fraquejarem e eu não ter domínio algum sobre elas.
Na primeira manhã que te perdi, me senti mais cansada do que triste.
O cansaço veio por chorar até a exaustão.
Naquela manhã de outono o dia amanheceu bonito.
Como você.
Havia um sol que não queimava, mas aquecia. Poucas nuvens. Brisas suaves.
Nenhum fato marcante no mundo.
Na noite anterior, algum anjo deve ter vindo sussurrar no meu ouvido e eu nem entendi.
Caminhava sem pensamento fixo quando soltei:
-Hoje é 23 de maio. Eu queria saber o que aconteceu hoje de tão importante pra uma avenida tão grande daqui ter esse nome.
Três horas depois recebi a resposta.
A resposta que eu temia ouvir independente da minha idade, do dia, do ano.
Uma notícia que eu sabia que um dia aconteceria.
Mas que nunca estaria preparada para recebê-la.
Perder você foi perder um pouco de mim.
Um pouco do que sou. Do que fui. Do que ainda serei.
Sabe, não sei se um dia vou chegar na metade do seu caminho.
Mas se eu chegar até onde você deu seu primeiro passo, terei certeza que fui abençoada.
Devo ter herdado de você essa vontade de sempre ir em frente.
E é por isso que vou continuar.
Você não verá (ou verá???) muitas coisas que ainda estão por vir, mas tenho certeza que me ajudará a conquistá-las.
A tristeza ainda está por aqui. E eu não vou pedir para ela ir embora.
Deixa ela ficar aqui, no cantinho dela. O tempo que for necessário.
Um dia ela também partirá, e no lugar ficará a saudade.
Uma saudade boa.
Das suas histórias, sorrisos, piadas, e conversas.
Ficará a lembrança da sua pose, do brilho dos seus sapatos, da maciez que tinha as suas camisas.
Sentirei por toda vida essa saudade.
Mas também sentirei todo amor que carrego.
Imensurável. Real. Concreto.
Eu fico por aqui.
Calada.
Introspectiva.
Até ter vontade novamente de sorrir com a vida.
Eu sei que a vontade volta. Que a dor acaba. Que a roda gira.
Mas não me esforço para que nada aconteça logo.
Me esforço para seguir. Persistir. Ter fé.
Uma fé tão encantadora como a sua.
A fé que me faz crer que fui privilegiada por ter desfrutado da sua presença em todos esses anos.
E principalmente por ter crescido no seu amor.
Hoje faz uma semana que você não está aqui.
Mas ainda sinto como se estivesse.
Frear as lágrimas diante de algumas lembranças ainda é coisa distante pra mim.
Mas já não choro incansavelmente. E nem para que os outros vejam.
.
.
Foi ali, sob a sombra de uma árvore que você repousou.
Ali em meio a tanto verde, água, peixes e bancos.
Foi ali, que pela primeira vez percebi o coração bater na garganta.
Ali onde eu senti as pernas fraquejarem e eu não ter domínio algum sobre elas.
Na primeira manhã que te perdi, me senti mais cansada do que triste.
O cansaço veio por chorar até a exaustão.
Naquela manhã de outono o dia amanheceu bonito.
Como você.
Havia um sol que não queimava, mas aquecia. Poucas nuvens. Brisas suaves.
Nenhum fato marcante no mundo.
Na noite anterior, algum anjo deve ter vindo sussurrar no meu ouvido e eu nem entendi.
Caminhava sem pensamento fixo quando soltei:
-Hoje é 23 de maio. Eu queria saber o que aconteceu hoje de tão importante pra uma avenida tão grande daqui ter esse nome.
Três horas depois recebi a resposta.
A resposta que eu temia ouvir independente da minha idade, do dia, do ano.
Uma notícia que eu sabia que um dia aconteceria.
Mas que nunca estaria preparada para recebê-la.
Perder você foi perder um pouco de mim.
Um pouco do que sou. Do que fui. Do que ainda serei.
Sabe, não sei se um dia vou chegar na metade do seu caminho.
Mas se eu chegar até onde você deu seu primeiro passo, terei certeza que fui abençoada.
Devo ter herdado de você essa vontade de sempre ir em frente.
E é por isso que vou continuar.
Você não verá (ou verá???) muitas coisas que ainda estão por vir, mas tenho certeza que me ajudará a conquistá-las.
A tristeza ainda está por aqui. E eu não vou pedir para ela ir embora.
Deixa ela ficar aqui, no cantinho dela. O tempo que for necessário.
Um dia ela também partirá, e no lugar ficará a saudade.
Uma saudade boa.
Das suas histórias, sorrisos, piadas, e conversas.
Ficará a lembrança da sua pose, do brilho dos seus sapatos, da maciez que tinha as suas camisas.
Sentirei por toda vida essa saudade.
Mas também sentirei todo amor que carrego.
Imensurável. Real. Concreto.
Eu fico por aqui.
Calada.
Introspectiva.
Até ter vontade novamente de sorrir com a vida.
Eu sei que a vontade volta. Que a dor acaba. Que a roda gira.
Mas não me esforço para que nada aconteça logo.
Me esforço para seguir. Persistir. Ter fé.
Uma fé tão encantadora como a sua.
A fé que me faz crer que fui privilegiada por ter desfrutado da sua presença em todos esses anos.
E principalmente por ter crescido no seu amor.
Hoje faz uma semana que você não está aqui.
Mas ainda sinto como se estivesse.
Frear as lágrimas diante de algumas lembranças ainda é coisa distante pra mim.
Mas já não choro incansavelmente. E nem para que os outros vejam.
Me emociono. Silencio. E faço uma prece.
Eu sei. Sei que você estará sempre comigo.
Independente de eu conseguir entender tudo que está entre o céu e a terra...Só quem tem o dom de amar consegue compreender a falta que você me faz.