segunda-feira, 30 de julho de 2012

... O QUE O CORAÇÃO PEDE


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A gente sempre precisa saber a hora de fechar uma porta para abrir outra.
Está certo que Deus está por trás disso.
Mas penso que se não é a gente que fecha e abre, Deus também não pode ir lá e pegar na sua mão e fazer isso por você.
Minha relação com Deus é uma troca.
Eu bebo a dose de coragem e faço e deixo o resto com Ele.
E daí posso dormir sossegada.
Já me acostumei com a frase: nossa como você é corajosa, ou então: nossa você é muito louca.
Nada disso.
Nem um e nem outro.
Eu fecho e abro portas quando Deus sussurra no meu ouvido: tá na hora.
E pronto. 
Eu vou sem ao menos olhar pra trás.
Sinto que desde sempre fui assim.
Meio desorientada por querer ter um pouco mais de audácia que muita gente.
Claro que não sou uma desmiola, irresponsável ou uma doida qualquer.
Talvez eu seja uma louca bem lúcida.
Peso e pondero algumas milhares de vezes antes, mas vou em frente.
Começo sempre.
Porque esse verbo "começar" nunca me abandona.
Acho que a vida tem que ser essa eterna vontade de saciar o que o coração pede.
De fazer o que se tem vontade.
Não se prender ao "se".
Mas antes de qualquer atitude planejar.
Usar essa máquina pensante para produzir estímulos ao que o coração pede insacavelmente.
Eu aprendi a escutar o coração.
E sinceramente, muito nova, acho que levo vantagem em muitas coisas.
Principalmente a de deixar um rastro por onde passo.
De deixar uma piadinha na cabeça de cada um que me conhece.
E que pra mim, nunca vou me esquecer.
Mais uma vez, outras tantas vezes, de novo: agora os tempos são outros!


segunda-feira, 23 de julho de 2012

.... ENTÃO VAMOS LÁ!



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"Nem sempre nós podemos mudar a nossa vida de um dia para o outro, mas podemos mudar o rumo dela a hora que quisermos.”  (autor desconhecido)

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A partir daí começo a construir outro amanhã.
Mesmo sabendo que o amanhã talvez ainda permanecerá igual.
Mas parto de um pressuposto que irá mudar tudo que foi até agora.
E que de agora em diante tem data de início para começar.
Me sinto com 18 anos.
Quando terminei o colégio e passei a ser gente grande.
Não que eu esteja uma anciã, até mesmo porque todo mundo tem o direito de mudar a hora que quiser, basta querer.
Penso que começo a cumprir a vida do meu jeito.
Meio achando e um tanto bom desconfiada que encontrei meu rumo.
Que fiquei tantos anos perdida de um galho pro outro até chegar na copa dessa árvore e ver lá de cima que não era essa montanha que eu queria escalar.
Tudo bem, posso me resguardar falando minha idade.
Dizer que para os 30 ainda preciso caminhar bastante.
Mas que Deus permita, que quando eu chegar até lá, possa ver de cima de outra copa de árvore que escalei certo e ter muito tempo pra começar e recomeçar.
Me sinto entusiasmada, como há muito tempo não me sentia.
Uma coisa de criança pequena quando vai chegando perto do natal.
Tenho muito para ajustar nos próximos dias, meses e anos, mas sei que estou indo para algum lugar e parei de ser um barco em alto mar.
Segurei o timão desse meu navio e agora quem toca isso aqui sou eu.
Assumo o risco das minhas escolhas mais um vez.
E pra isso não basta ter coragem é preciso ter  uma garganta bem larga pra engolir quase um brejo inteiro de tanto sapo.
Vamos lá.
Paciência nesse dia de hoje, nesse dia que vem amanhã.
Olhar estratégico no que vem adiante e mais cabeça do que coração.
Até porque, só quem faz suas escolhas sabem o quanto elas te custam.
E eu bem sei do que vou ter que abrir mão. Ou não.
Vai tudo depender de mim, só de mim e mais ninguém.
E claro da ajuda Dele, até porque foi Ele quem me mudou.
Então eu digo com o peito cheio: Vamos lá!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

SÓ PRA COMEÇAR O DIA.



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" porque quem vive apenas para si mesmo é um inútil e quem vive só pelos outros não vive de verdade. Eu fiz e faço as duas coisas" ( autor desconhecido)

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É assim que eu começo minha prosa.
Pensando onde me encaixo.
Se sou tão egoísta a ponto de não pensar em ninguém ou se faço tanto que acabo esquecendo de mim.
Sábio daquele que consegue conciliar as duas coisas.
Já aprendi que viver é como andar em corda bamba sem respirar o tempo todo..
É preciso ser muito ligeira, pensar antes que o outro pense. 
Calcular cada gesto para não magoar. 
Mas também saber se defender, se impor, mas respeitar.
Vejo muita gente se perder nesse caminho.
Nessa "malemolência" infinita. Também me perco.
Confesso que por muitas vezes não sei que lugar estou.
E qual é ponto que termina o meu limite e começa o do outro.
Coitado de nós, seres mais que humanos.
Dotados de tantos defeitos e fragilidades.
Mas deve ser justamente nessa fragilidade que enxergo a oportunidade de mais uma vez evoluir.
De tentar { pelo menos hoje } compreender o que meu corpo pede, o coração fala e a mente indica.
De captar a sensibilidade vinda de outro coração.
De fazer tudo aquilo que me deixa em paz.
Eu olho com um sentimento de graça para a vida.
E diariamente, penso mais nos outros do que em mim.
Sabendo que Deus não só ampara, mas também carrega.
Então, não preciso enlouquecer me cortando em duas.
Basta imaginar que quando penso em alguém de todo o coração, sou anjo.
E quando esqueço de mim, Deus vem e me lembra que sou humano..

quinta-feira, 12 de julho de 2012

...E PONTO.




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"Sim!
Eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu estou indo embora
Talvez eu volte
Um dia eu volto
Quem sabe!"...  
(Vapor Barato - O Rappa)

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Não sei quanto custa ter o brilho nos olhos.
Mas pra mim custa toda uma vida.
Gente que não tem brilho nos olhos não é feliz.
Ela finge, mas não me engana.
Brilho nos olhos tem que ser permanente, ainda que algumas vezes esse brilho esteja bem fraquinho.
Tem que fazer pulsar. Acordar. Sentir que está vivo.
E que principalmente a vida é boa.
Eu jamais vou concordar em perder, em deixar de lado essa busca por esse brilho.
E se um dia eu deixar, eu sei que chegou o fim da linha e aí pronto, não há mais o que se fazer.
Luto todos os dias pra me manter viva. 
E esse viva é empolgada, confesso que por aqui não é muito fácil, mas eu sei que em todo lugar depende é da gente mesmo.
Sei também que você luta, talvez até mais que eu, mas é que eu não sei o quanto isso te custa, eu só sei o que me custa.
E é isso que muitas vezes a gente deixa a desejar pro outro.
Eu acho que a gente além de ter todas essas coisas maravilhosas que Deus já proporcionou,  também podia sentir um pouco o que o outro sente.
Sentir na pele.
Porque vejo, sinto e penso que em palavras e gestos a gente não consegue traduzir muita coisa.
E no final arrumamos um monte de problemas com isso.
Acaba encontrando como diz minha tia, "cabelo em ovo".
Acho que ela tem uma certa razão.
Gostaria muito de ter esse dom. 
De sentir o coração do outro, sentir o medo, a aflição, tudo aquilo que ele descreve e nós damos colo sem saber muito.
O sentimento além de ser muito abstrato é pouco compreensível.
E sinceramente isso me incomoda.
Quisera alguém sentir o que está me levando a escrever isso tudo.
Estar aqui dentro pra tentar entender o que eu grito, choro e esperneio sem encontrar uma solução.
Muito fácil te olhar e até mesmo a gente olhar e dizer: isso vai passar.
Difícil é estar na pele.
Talvez eu esteja querendo coisas quase impossíveis de se manifestar.
Mas como eu já disse e repito: eu nasci pra ser diferente.
E ponto.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

... EU ESCOLHI SER DIFERENTE




 
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Qual o próximo passo que a gente precisa dar pra ser quem realmente a gente quer?
Levantei nessa manhã como quem precisa de mais oxigênio para viver.
As paredes da casa me sufocavam e tinha a nítida sensação que aos poucos iria me engolir.
Vesti a velha e boa calça jeans, meu histórico all star branco, malha, e um óculos bem escuro.
Saí pra rua.
Como quem sai em busca de uma solução.
Caminhei nessa manhã de domingo tranquilamente enquanto sentia os raios de sol ir me aquecendo.
Aquele céu azul me lembrou Minas. Mas só o céu.
No lugar das montanhas, prédios.
No lugar de pássaros, pombos nojentos.
Poucos carros pela rua, uma pequena paz no meio desse burburinho.
Por muito tempo deixei que vida fosse me conduzindo, fui fazendo as escolhas mais fáceis, e não as que meu coração desejava.
Sempre achei impossível unir o útil ao agradável.
E que fosse quase um sonho irreal se fazer o que gente gosta meeeesmo.
Eu sempre fui ligada a um lado pouco valorizado.
E por muito, muito tempo mesmo, escondi ( talvez por vergonha) coisas que tinha vontade de fazer.
Afinal não é muito chique e nem glamouroso querer ser por exemplo professora de artes.
E talvez o que eu escutei outro dia era que eu ia morrer de fome sendo isso.
Então tá né.
O problema talvez esteja em mim. Não nas outras pessoas que devem ser normais.
Me julgo um extra terrestre ao querer coisas que não me farão ganhar rios de dinheiro.
E pouco me darão o que todos querem: status social.
Mas e daí? 
Qual o problema disso.
Devo ter nascido na época errada. 
Mas já que estou aqui e cada dia que passa nessa terra de loucos e ambiciosos, tento pelo menos não me contaminar pelo vírus do querer isso e aquilo.
Aqui eu vejo muita falta de coragem nos olhos das pessoas.
E que passam pela vida sendo zumbis.
Eu escolhi ser diferente.
Em assumir o que fará meus olhos brilharem independente dos comentários externos.
Pelo menos ao deitar na cama toda noite eu vou conseguir o que muitos sonham e não têm: uma consciência que não briga o tempo todo com meu coração.