"Sim!
Eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu estou indo embora
Talvez eu volte
Um dia eu volto
Quem sabe!"...
(Vapor Barato - O Rappa)
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Não sei quanto custa ter o brilho nos olhos.
Mas pra mim custa toda uma vida.
Gente que não tem brilho nos olhos não é feliz.
Ela finge, mas não me engana.
Brilho nos olhos tem que ser permanente, ainda que algumas vezes esse brilho esteja bem fraquinho.
Tem que fazer pulsar. Acordar. Sentir que está vivo.
E que principalmente a vida é boa.
Eu jamais vou concordar em perder, em deixar de lado essa busca por esse brilho.
E se um dia eu deixar, eu sei que chegou o fim da linha e aí pronto, não há mais o que se fazer.
Luto todos os dias pra me manter viva.
E esse viva é empolgada, confesso que por aqui não é muito fácil, mas eu sei que em todo lugar depende é da gente mesmo.
Sei também que você luta, talvez até mais que eu, mas é que eu não sei o quanto isso te custa, eu só sei o que me custa.
E é isso que muitas vezes a gente deixa a desejar pro outro.
Eu acho que a gente além de ter todas essas coisas maravilhosas que Deus já proporcionou, também podia sentir um pouco o que o outro sente.
Sentir na pele.
Porque vejo, sinto e penso que em palavras e gestos a gente não consegue traduzir muita coisa.
E no final arrumamos um monte de problemas com isso.
Acaba encontrando como diz minha tia, "cabelo em ovo".
Acho que ela tem uma certa razão.
Gostaria muito de ter esse dom.
De sentir o coração do outro, sentir o medo, a aflição, tudo aquilo que ele descreve e nós damos colo sem saber muito.
O sentimento além de ser muito abstrato é pouco compreensível.
E sinceramente isso me incomoda.
Quisera alguém sentir o que está me levando a escrever isso tudo.
Estar aqui dentro pra tentar entender o que eu grito, choro e esperneio sem encontrar uma solução.
Muito fácil te olhar e até mesmo a gente olhar e dizer: isso vai passar.
Difícil é estar na pele.
Talvez eu esteja querendo coisas quase impossíveis de se manifestar.
Mas como eu já disse e repito: eu nasci pra ser diferente.
E ponto.
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