sexta-feira, 15 de outubro de 2010

HORTINHA MINHA

                             
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Que me perdoe algumas mulheres, mas flertar, é para poucas.
O balanço do andar. As palavras terminadas em sorriso. Os olhares.
Sem compromisso. Sem hora.  Sem razão.
LIVRE. 
De cobranças, de censuras, de mal humor.
Flertar faz bem pra alma. Massageia o ego. 
De repente você está lá. E a pessoa também.
E sabe-se lá o por quê você se sente atraída. Seja pelo olhar, pelos cabelos ou pela voz.
Você solta uma piada, ele ri. Faz um comentário. Segura o olhar no seu por alguns segundos.
Você ajeita o corpo na cadeira. E fica na sua.  Esperando um sinal.
A pessoa dá corda. Dá o picadeiro. Dá o tempo dela pra você.
Aproveito. Seduzo. Arrisco.
Faz parte da vida.
Puxo a melhor prosa. Passo o melhor baton. Solto o melhor sorriso.
De todas as perguntas, escolho somente as respostas que eu quero que ele saiba.
Tudo novo. De outro jeito.
Outro nome, outro sobrenome, outro apelido.
Outra profissão, outra cidade, outra história.
Flertar torna a mulher mais sutil.
É como se o universo conspirasse naquele momento para ser mais encantadora.
Faço do verbo flertar, a ação.
Testo até onde posso ir. Até onde consigo. Até onde ainda sei.
Sou recebida com elogios. Com entusiasmo. Com carinho.
Faço daquela tarde uma avaliação.
Do que ainda posso, do que espero, do que sou.
Flertar.
Sem malícia, sem maldade, sem jogo.
Capaz de mostrar até onde uma mulher tem a capacidade de seduzir.
De permitir.
De arriscar.
Descubro que nessa hortinha minha, tudo que se planta............
Ainda dá. (risos)

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