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Maria fechou muitas portas nos últimos dias.
Pediu licença delicadamente e as fechou.
Ela até embrulhou os sentimentos em um laço de fita e foi entregar pessoalmente.
Das doses de coragem vendidas por ai, Maria tem tomado a garrafa toda.
Outubro mexe com o estado dela. Considera que o ano novo incia-se em outubro e portanto precisa finalizar muitas coisas.
Joga fora papéis, escritos, sentimentos não correspondidos.
Transforma dor em amor.
Derruba muros e constrói pontes.
Abraça mais apertado, e olha pro céu mais vezes.
Lista os tombos do último ano e os coleciona.
Pra que sempre se recorde do quanto melhorou e de valor no realmente vale a pena.
Pra que sempre se recorde do quanto melhorou e de valor no realmente vale a pena.
Isso inclui principalmente pessoas.
Maria não sabe gostar pela metade. E ouviu outro dia que ela era muito estranha.
Só porque não queria mais gostar de uma pessoa.
Tudo bem, a gente não escolhe mesmo de quem gostar. Mas a gente pode escolher se quer esquecer não é?
Pois ela pensa assim. Se faz doer o coração ela custa mudar o disco. Na verdade fica tocando a mesma música por meses.
Mas aí a canção já não encanta. Maria não bota mais reparo na letra. É o que acontece é que ela desgosta.
E vai procurar outra novidade por aí.
Maria é dessas mulheres que encanta.
Carrega o mar no nome, e isso já justifica metade da sua paixão pela natureza.
Acha que o mar acalma os pensamentos, tranquiliza o coração e lava alma.
Quando o coração acelera demais, Maria lembra do mar. Mentaliza uma doce maré batendo no corpo.
Fica ali desejando aquela imensidão como se a sensação de paz fosse só encontrada nesse encontro.
E desse jeito suaviza suas emoções.
Nesse tempo de deixar algumas coisas para trás, ela aproveita e enche o coração de esperança.
Para cada tchau ofertado Maria planta uma semente de recomeço.
Desse jeito vai vivendo.
Vai lançando as novas sementes. Maria sabe que o que a espera tem haver com o Mar.
Bonito, encantador e emocionante.
Sente uma confiança vinda de todos os lados.
Sente que o ano novo está de braços abertos a esperando.
Sente a vida pulsando.
Ela corre ao encontro, sem pressa.
Como já dizia o poeta, Maria sabe que a felicidade começa com fé.
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