segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

MÊS DOS ENCANTOS.




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Dezembro.
Acho um mês meio nostalgico, um mês meio encantado, um mês de promessas.
Em dezembro olhamos para trás. Olhamos para tudo que não tivemos tempo de olhar o ano todo.
Há os que fazem mandingas, simpatias e reza forte.
Há os que fecham os olhos e suspiram por dias melhores.
E há pessoas como eu: que definem o ano todo em uma única palavra em forma de agradecimento.
Eu defino o meu como aprendizado.
Dois mil e dez. O ano que nenhum dos tantos anos no banco da escola fez por mim.
Um ano inteirinho cheio de oportunidades de amadurecimento.
Aparando minhas asas, cortando minhas arestas, esculpindo minhas pedras brutas.
O que você fez por você esse ano?
Aprendi tanto que vejo o quanto eu ainda nada sei.
Mas vejo o quanto também já aprendi.
Olho no espelho e não é só o cabelo que está todo diferente.
O olhar me entrega. O contorno do corpo. O tom da voz.
Difícil é reconhecer tudo isso. Tem que ter um olhar muito aguçado.
Mas defino esse ano como o melhor de toda minha vida até esse momento.
Nada do que eu vivi para trás se compara com o que eu aprendi.
E se você me perguntar se eu fui escalar o Monte Evereste, se eu fui rezar com um monge no Nepal, se eu ganhei o Prêmio Nobel da Paz eu digo que não fiz
nada de tão extraordionário o ano todo. Mas eu falo com firmeza: eu vivi.
E vivi tanto, e fui tão intensa nas relações, no cotidiano, nas leituras, nas observações que vi o que muita gente não vê.
Vi a alma de muitas pessoas.
Almas cinzas, almas azuis e rosas. Almas que brilham, almas que ainda vão brilhar.
Extrai de muitas prosas amadurecimento. Deixei ir até o fio da navalha para então me conhecer melhor.
Falei com gente que eu achei que nunca fosse conhecer.
Me relacionei com pessoas que me ensinaram que ter personalidade tem que ter coragem nos dias de hoje.
E que se paga um preço muito alto para ser quem se é.
Mas eu assumi quem eu sou. E que comigo não tem meio termo, morno ou mais ou menos.
E hoje sei que meus amigos de verdade também são assim.
Sinceramente não sei o que me espera em 2011. Se me perguntarem o que faço da vida hoje. Eu digo que nada.
Finalizei tantas coisas, e agora estou em busca de outras.
Mas o que quero em 2011 é continuar aprendendo.
Continuar vivendo, porque eu sei que só assim a gente chega na essência de ser quem se é verdadeiramente.
E quero só o que Deus quer pra mim.

3 comentários:

  1. Dezembro é um mês na urgência de acabar, a nostalgia do fim.

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  2. Belo texto! Concordo com você... isso que faz toda diferença... agradecer por todos os aprendizados, transformações e amadurecimento!

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  3. Obrigada Aninha! Acho que o principal é sempre ter gratidão, o resto é consequência!! beijocas, Iara Maria.

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