quarta-feira, 14 de abril de 2010

EU ATÉ PODIA...



Eu podia virar a noite tentando te explicar o que eu não sabia.
Podia chamar alguém para explicar no meu lugar.
Eu podia então, desenhar, escrever ou até rasbicar.
Mas o que eu não podia mesmo era traduzir o que ainda não tem tradução.
Não podia te convencer com meus argumentos, afinal eu nem tinha argumentos, nada que eu falasse, desenhasse ou rabiscasse... me daria razão.
Ali, sentada, parada, calada, distante, eu vi o que não estava querendo enxergar.
Ali, na sua frente, olhando pro seus olhos, escutando sua respiração, eu não tinha motivo nenhum.
Mas eu tinha sentimentos... E eram tantos, e tão grandes, que transbordavam pelos meus poros, me tiravam a lucidez, iam invadiam cada pedacinho de mim... Eram como as represas que se enchem demais e chega em um momento que as comportas precisam ser abertas, às águas vão tomando conta de tudo, de cada pedacinho de terra...
Então o que eu não podia mesmo, era dar mais um passo.
Não podia viver só aquele momento!
Tinha que ficar imóvel, tinha que só me contentar com sua adorável presença.
Minha alma tem sede de mais!!!!
E um copo d'água para quem se vê em um deserto,não mata a sede, pelo contrário.... só aumenta a vontade!!!!!


Bitoquinhas!
Iara Maria.

Um comentário:

  1. Iara, não sei pra quem vc escrevu isso... mas posso dizer que me deixou emocionado como se fosse pra mim!! Beijos te adoro!
    vinicius!!

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