terça-feira, 22 de novembro de 2011

O AMOR VEIO.


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Ouvimos dizer or aí que o amor sempre chega.
O que mais me perguntava era aonde ele chegaria.
Faria um esforço e iria buscá-lo.
Mas não era esse tipo de dedicação, nem de espera.
Ele viria sozinho, por conta própria, arcando com todos os custos.
Bateria na porta da minha vida e entraria.
Sem pedir licença e sem horário.
E pra minha descrença, foi desse jeitinho que tudo aconteceu.
Chegou numa terça-feira nublada.
Sem graça e sem sal.
Chegou numa rodopiada da dança.
Em uma risada trocada.
Naquela piadinha boba.
O amor chegou sorrateiro sem fazer barulho, mas me deixava dormir.
Me deixava sonhar, me permitir.
O amor veio em forma de cuidados, de paz, de muito aconchego.
Veio devagarzinho mostrando que era possível ser feliz de outra forma.
De um jeito que jamais poderia sonhar.
O amor tem nome e sobrenome, e pensa em mim o dia todo.
O amor só falta esticar o tapete vermelho pra eu passar.
Só falta ir buscar as nuvens no céu pra eu brincar.
E contar às gotinhas que tem no mar.
Porque no resto o amor de tudo faz.
Faz mais que pode, mais que é possível, e às vezes até o que penso ser impossível.
Sei lá se sou merecedora disso tudo.
Se estava preparada pra ser amada dessa forma.
Sei lá se um dia vou acordar no meu quarto e perceber que não passava de sonho.
Mas quer saber?
Quer saber o tanto que amo esse Amor?
É o tanto que me fez mudar. O tanto que me já fez crescer.
O tanto que me não me faz mais pensar em “eu”.
Esse amor que chegou hoje só me fazer pensar em “nós”.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

OS VINTES E CINCO...

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E se Deus a um tempo atrás tivesse sentado do meu lado e me contasse tudo que iria acontecer, certamente eu poderia até duvidar de Deus.
Capaz que uma moça do interior tão pouco corajosa mudasse tanto.
Que iria deixar tantas pessias, histórias e certezas para ir rumo ao desconhecido.
Jamais eu sozinha teria a audácia de sonhar com tudo isso.
Se há um ano atrás eu pudesse saber tudo que me aconteceria eu não teria saído de lá.
Não teria sequer coragem de colocar a ponta do nariz pra fora da porta.
Mas cá pra nós. Uma confissãozinha...
Vim sem coragem.
Vim no susto!!!
Quando dei por mim já estava completando minha primeira semana.
Um mês... Outro mês, e a vida mudando.
Cada dia um novo dia. Uma nova oportunidade.
Cada dia uma saudade diferente. Uma falta. Um aprendizado.
Desde outubro de 2010 a outubro de 2011 tanta coisa passou.
Tantas outras vieram.
Tantas outras finjo não ver.
Mudar é um processo lento.
Um processo caro, doloroso e quase invisível.
A gente não acorda de um dia pro outro e diz que mudou.
A gente só percebe que as coisas estão diferentes quando você mesmo se olha no espelho e se pergunta:
-Ei quem é você????
E aí eu nem tenho mais a resposta.
Só sei que o sotaque continua carregado.
Que água ainda tem que ser do filtro de barro.
Que saudade de casa divide a vontade de conquistar o mundo.
Que os amigos de verdade permanecem.
Que os novos a gente conhece um pouquinho a mais cada dia.
Que o amor chega.
E que a paciência....
Bom a paciência é a virtude mais bonita que um ser humano pode ter.
Que eu nunca tinha experimentado isso.
Esperar um pouquinho mais pra ter alguma coisa melhor.
E que Fé.. ou se tem, ou não tem...
E que quem não tem, tá lascado!!!
Eu jamais vou esquecer de onde vim, de onde sou, quem eu tenho.
Jamais deixarei de lado as lembranças bonitas dos últimos 25 anos.
Mas também sei que a vida está só pulsando.
E que a cada batida ela me convida ainda mais pra perder o folego.
Então que seja assim.
Que seja tudo no mínimo:
Encantador..................
 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DA CONSTANTE MUDANÇA.

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Estranho é quando as coisas não mudam de lugar.
Não mudam de cara, de jeito e de forma.
Estranho pra mim é ter a sensação de que as coisas serão sempre constantes.
Que o cabelo sempre ficará igual, que o rosto jamais irá envelhecer ou que perdas não vão ocorrer.
Eu respiro mudanças.
De cores, de estações, de lugares, de humor.
Respiro profundamente sentindo os pulmões vivos pra cada desafio imposto.
Se ainda não está bom eu sempre vou dar um jeito de melhorar.
Acomodada jamais seria uma palavra que iria morar no meu armário.
Lá só ficam penduradas as palavras que mais uso.
Que motivam a seguir adiante.
Nos últimos meses cada dia é uma nova.
É um caminho. Uma escolha.
Acordo sem saber como vou dormir. E que horas vou dormir.
Ando sem nunca encontrar a rotina parada em algum lugar.
O amor ajuda. Transforma. Lapida.
Se tem uma coisa que me fez ficar mais forte nos últimos meses é não desistir.
Alias, é persistir.
E sempre  pensava: Ah vou esperar mais um dia pra ver o que acontece.
E mais um dia. E mais um.
De repente cá estou eu. Aos seis meses e ainda tendo muito para construir.
Se tem alguém que me faz sorrir é essa tal de Vida.
Essa tal de Vida que veio pra ficar de um jeito que as vezes muito me espanta.
Que me faz perder a noção de tempo e espaço abismada olhando se mover.
Se tem uma coisa que tem me deixado feliz é saber que embora muitas coisas tenham mudado.
Uma permanece constante... a gratidão por tudo que acontece.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ENCHA A CARA!!!


Vem me dizer que a vida toma o rumo que quer.
Discordo.
A gente é que dá rumo na vida sem nem perceber.
Vai escolhendo, vai negando, vai firmando.
Toma decisões drásticas. Toma doses de coragem. Toma vergonha na cara.
Faz o segundo passado se tornar tão passado que o presente pro futuro a gente nem sabe se vai estar vivo.
Perde o ar, o folego, a força.
Chora. Chora. E chora.
E depois acalma a alma com um copo de água, de vinho, de um bom conhaque.
A gente vai rasgando os erros, vai enfiando  a cara.
Vai indo e indo sem muito planejar.
Tudo isso pra ainda ser feliz.
Ser feliz ainda dá tempo.
Dá ainda pra ser hoje.
Se talvez você for um pouco mais corajoso.
Ser uma catapulta. Uma mola. Um estilingue.
Vai.
Enche essa cara de coragem. Deixa de encher de cachaça pelo menos por dia.
E vai.
Diz o que tem que dizer. Se liberta.
Não espere mais com medo.
Faça.
Há tanto ainda por vir.
Não se pode desperdiçar uma vida inteira sem nem ao menos tentar.
Faça da persistência, da disciplina e fé grandes companheiras.
Faça do coração seu único confidente.
Faça do seu amor um pouco mais vivo.
Sinta que ainda nas suas veias pulsa vida.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

MINHA CONDIÇÃO

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Sim.
Apaixonar não é mais verbo passageiro no coração.
Não é mais um estado de graça.
Apaixonar se tornou uma condição.
A condição que é preciso viver cada dia que amanhece.
Apaixonar é mais que sentir pelo corpo arrepios alucinantes.
Mais que tocar lábios.
Que experimentar novas sensações.
Sim.
Apaixonar é quando você encontra no outro seu próprio reflexo.
O reflexo dos defeitos, dos efeitos, das manias.
De uma qualidade quase que esquecida mas que o outro insiste em te lembrar.
Apaixonar é quando você mesmo preso, tem asas.
Quando você pode ir longe mas sempre quer voltar.
É fechar os olhos e dizer que confia.
Que acredita.
Que espera.
É pular em uma piscina de roupa, é dançar como se ninguém estivesse olhando.
Faz os dias serem mais azuis mesmo quando está tudo cinza.
Faz querer fazer escolhas.
Escolhas que você acharia que nunca as fizesse.
E as faz por opção.
Por amor.
Apaixonar nos faz não ter mais medidas.
E nem medir mais os esforços.
E vira a mola propulsora que nos empurra pra frente.
Que nos deixa livres pra ser quem somos.

Que é permitido escolher.
Escolher ser o melhor que puder ser na vida de alguém.

(Iara Maria)
Especialmente para José.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

IR.

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"Uma fresta.
Por onde só entra poucos raios de luz.
Por onde mal se pode mexer, respirar, ou fazer qualquer movimento.
Uma fresta que insiste em te dizer que você não irá conseguir.
Que ali não te cabe, que você jamais chegará do outro lado.
Que jamais contemplará toda beleza que existe ali.
É assim que sinto a vida querer esmagar os sonhos.
Querer sufocar o corpo contra aquelas paredes até não aguentar mais.
Mas vou frente.
Vou em busca.
Sem desistir.
Sem dormir.
Dou um passo de cada vez, e às vezes preciso voltar alguns para trás e respirar.
Tiro força da fonte quase seca.
Mas a cada gota que pinga eu a transformo em um mar de vontades.
Desistir não é palavra pra quem quer chegar lá.
Quem precisa sair dessa fresta e sentir novamente os pulmões respirarem tranquilamente.
Vou em frente.
Só consigo enxergar o alvo.
E mesmo que tudo pareça escuro, e não sinta nenhuma segurança embaixo dos meus pés.
Sei que a fé é que me faz ficar firme.
E seguir.
E ir."

sexta-feira, 15 de julho de 2011

JOSÉ E MARIA

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José encantou Maria pelos olhares quase que despercebidos.
Olhares que sabiam o que o coração falava docemente.
Maria não podia esconder de José seus pensamentos.
Era impossível dizer uma coisa e sentir outra.
José logo percebia a voz trêmula de Maria que tentava disfarçar com risadas.
Percebia no toque das mãos quentes que aquecia as mãos geladas de Maria.
Ela não aprendeu a ter diálogos distantes de José.
Qualquer palavra dita era preciso um toque.
Era preciso um esbarrão. Um carinho descompromissado.
Maria não entendia aquele jeito quieto e espontâneo de José.
Mas sabia que o que sentia aumentava um pouco mais a cada dia.
Tentava esquecer, se anular, se perder.
Até que um dia Maria teve uma grande surpresa.
José havia se apaixonado por ela.
Havia se encantado pelos olhares suaves que Maria disparava em sua direção.
Gostava do jeito que Maria o rodopiava pelo salão.
E não mais se conteve.
A reciprocidade foi instantânea, como nos filmes antigos que os casais se namoram pelo olhar.
Eles se beijaram.
E aquele beijo aconteceu diante de uma platéia anônima que passava despercebida por aquele lugar.
Sem saber que ali começava um grande amor.
Eles se abraçaram.
Como se aquele abraço estivesse guardado há muitos anos.
Como se Maria havia esperado muito tempo para descobrir que aquele rosto era o rosto do seu amor.
Que aquela companhia de José era a companhia que em oração pedia todos os dias a Deus.
Como se sensação de medo fosse anestesiada pela sensação do amor.
Maria não havia perdido o gosto pelo afeto.
Maria nunca tivera sido fraca para relacionamentos.
O que veio antes é que nunca foi forte o suficiente para prender Maria.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

SOBRE ELE.

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Houve um tempo em que achei que você não vinha.
Enfeitei tanto a casa para sua chegada. Colocava flores e música.
Sentava no sofá e retocava o batom todos os dias.
Como uma rotina.
Mas nada.
Tudo que chegava não passava de ventos que bagunçavam toda a sala que estava a sua espera.
E iam embora deixando tudo pelo chão aos cacos.
Me fazendo reconstruir cada parte. Gastando tempo, coração, e paciência.
Mas eu continuei rezando para que um vento se transformasse em brisa e perfumasse o ambiente.
Continuei acreditando.
Até o dia que desacreditei de tudo. E resolvi levantar daquele sofá.
Tirar as flores, a música e o batom.
Bendito foi esse dia. Levantei com vontade. Com querer.
Que quando você chegou eu não tinha mais nada preparado.
Nada enfeitado. Nada arrumado.
Quis tentar arrumar tudo as pressas, mas não foi preciso.
Você tocou em meus ombros e disse que gostava de tudo como estava.
Que gostava do sorriso sincero, da risada engraçada, do jeito de conduzir as coisas.
Eu olhei com um jeito de quem não acreditava no que via. E nem no que sentia.
Você vinha de outros mares, outras histórias, outro mundo.
Vinha de passos apressados, de coração grande, de braços abertos.
Você vinha dia a dia em minha direção sem dizer nada demais.
E do nada demais, virou tudo demais.
De repente me vi ali, sem saída, sem ter como voltar, sem querer voltar. Somente ir.
Olhando para até então, o oposto de tudo que veio antes.
O oposto de tudo que já tinha chegado e transformado.
Olhando pra todas as qualidades que sonhava mas que nunca teve um rosto ou um endereço exato.
E agora eu não precisava mais de esperar. Eu só precisava de paciência.
Daquela paciência que todos os dias Deus sussurrava em  meu ouvido.
Eu sei que estou pronta. Sei que é você.
E mesmo que ninguém mais saiba, que entenda, ou até mesmo aceite.
Vem você me dizer que também sou eu.
E pronto, posso quase tocar em toda essa cumplicidade.



quinta-feira, 30 de junho de 2011

VÁ.

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"Não se decepcione com as pessoas.
A vida faz a gente pensar.
Tire proveito das situações.
Valorização tem que partir das pessoas que gostam de você.
Não mude seu comportamento com as pessoas.
Faça com que elas percebam que você é além.
Você é um ser."
( 19 de junho de 2011 - C.J )

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Incontáveis são às vezes que depositamos no outro nossa própria felicidade.
Esperamos arduamente que o outro resgate em nós a alegria de viver.
Que coloque em nossa frente um espelho para nos mostrar o quanto somos bonitos e saudáveis.
Que nos liberte da prisão que levantamos ao nosso redor.
Vamos aos poucos nos fechando para o mundo e nos abrindo para a insegurança.
Vamos aos poucos derramando nossas lágrimas por atenção daqueles que não nos amam.
E muitas vezes esquecemos de ser nós mesmos.
Só vemos os fracassos, as derrotas, os medos, os insucessos.
Vamos nos moldando de acordo com aquilo que esperam de nós e com isso vamos deixando de lado outras verdadeiras prioridades.
Mudamos nosso comportamento esperando que o outro elogie.
Vestimos esperando que cause inveja nas outras pessoas.
Vamos aos poucos agradando tanto o próximo que esquecemos de agradar quem verdadeiramente merece.
Esquecemos de doar nosso tempo a quem nos amou primeiro e que sempre nos amará.
Adorar a Deus é muito mais que um compromisso religioso.
É muito mais que dizer ser cristão.
É muito mais que repetir exaustivamente orações para Ele te ouvir.
Acreditar que Deus pode mudar sua vida é o primeiro passo para expulsar da sua vida a dependência das outras pessoas.
E aí sim parar de se decepcionar com o que o outro pensa ao seu respeito.
Deus conhece intimamente cada sentimento que habita em tua alma.
Antes mesmo de você senti-lo.
Ele é capaz de transformar sua vida.
De melhorar seus pensamentos.
De trazer tua sonhada felicidade que muitas vezes tentamos encontrar no próximo.
Quem carrega Deus no coração é capaz de enxergar belezas onde só há escuridão.
É capaz de fraquejar mas nunca desistir.
É capaz de saber separar o joio do trigo.
Adorar a Deus só é possível quando admitimos que Ele é Senhor de nossas vidas.
Quando aceitamos que os planos Dele são infinitas vezes melhores que os nossos.
E confiamos. Confiamos de todo nosso coração.
Quando abrimos nossos olhos e começamos a enxergar suas promessas.
Quando aceitamos os caminhos que nos são ofertados.
As vezes nos lamentamos tanto por ter perdido algo.
Lamentamos porque nossas vidas nunca é do jeito que queremos.
Mas esquecemos de ver ali as bençãos que Deus nos trás através das mudanças.
Mudanças sempre são vistas como nebulosas, como desafios impostos sem nossa vontade.
Precisamos nos lapidar o suficiente para perceber que nas mudanças está a chance de demonstrar o tamanho de nossa fé em Deus.
Aproveite a oportunidade que Deus lhe oferece nesse exato momento.
Aproveite para demonstrar seu Amor, seu temor e sua fé.
Aproveite enquanto podes, e enquanto está lúcido o suficiente para reconhecer o quão maravilhosa é tua vida.
Deus está nesse momento a tua espera.
Vá.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

UMA MULHER INTERESSANTE


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O que faz uma mulher ser bonita não são suas curvas.
Uma mulher interessante não vem só com conteúdo.
Ela carrega consigo uma leveza na alma capaz de ser sentida onde passa.
Um brilho nos olhos feito de muita fé no coração.
Sorrisos capaz de amolecer .
Uma mulher interessante sabe das suas potencialidades mas não precisa frisá-las.
Ela sabe de seus limites.
Conhece seus próprios pensamentos e emoções.
E mesmo assim, silencia.
Sabe que seus esforços jamais serão em vão e concentra no trabalho a ser realizado.
Ela sabe se doar quando necessário e se recolher quando preciso.
Uma mulher interessante tem delicadeza em seus gestos.
Toque suave nas mãos.
Maciez na voz.
Sabe que por trás de cada traço existe uma força monstruosa.
Capaz de suportar o que a muitos outros olhos é insuportável.
Uma mulher interessante saber guardar segredos.
Sabe guardar os desejos.
Ela é capaz de sorrir quando o coração grita por uma solução.
Quando a alma aos prantos tenta se reconstruir.
Uma mulher interessante vem com defeitos.
Vem com manias loucas.
Vem com desafios.
Desafios de ser ela mesma sem ter que se importar com o pensamento alheio.
Ela sabe conduzir uma dança com uma sutileza que é capaz do cavalheiro achar que é ele quem a está conduzindo.
Sabe se impor.
Sabe ter pulso firme e sereno.
Sabe se amar.
Uma mulher interessante jamais poderá ser admirada por completo.
Haverá sempre grandes horizontes pra ser descoberto.
Grandes montanhas pra ser escaladas.
Mas o que a torna mágica é justamente isso.
Ter todo esse caminho para percorrer enquanto a aprecia.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

QUE SORTE.

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Existe uma maneira de amar quase que irreal.
Quase que impossível.
Quase que inexplicável.
Existe uma maneira de amar que não faz o coração acelerar.
Que não faz a pele arrepiar e nem o corpo ter suas próprias sensações.
Existe uma maneira de amar sublime.
Um jeito de amar que só de estar perto satisfaz a alma.
Que os olhos repousam sobre os outros olhos e se encaixam.
Que é possível ver além do que se está ali.
Que a gente sente que vem de outras vidas.
Existe uma maneira de amar que não se quer nada em troca.
Que não espera, que não pede, não omite.
Existe um jeito de amar o amor.
De viver o amor.
Existe um amor que faz a gente se perguntar o que havia antes.
E o que virá depois.
E quanto tempo ficamos longe antes de nos descobrirmos.
Existe uma maneira de amar que não precisa de calendário para marcar datas.
Que o tom da voz muda, que o toque das mãos são mais suaves.
Que a presença é mais importante que qualquer conversa.
Existe uma maneira de amar que eu desconhecia.
Que me tornava pouco segura pro amor.
Mas que hoje me revela, me ensina e me surpreende..

quarta-feira, 15 de junho de 2011

SOBRE ANJOS E ENCONTROS

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É sempre assim.
Por mais que eu insista em dizer que a vida já não me surpreende, ela bate o pé que sim.
E consegue.
De repente a amizade sem grandes pretensões vai se transformando em um encontro de almas.
Aí Deus vem, leva umas pessoas embora, a gente acha que não vai dar conta, vem Ele de novo e trás outros anjos.
Anjos existem sim.
E são quase inacreditáveis meus encontros com eles.
Deus aguçou e refinou meus olhos.
Apurou meus sentidos.
Sensibilizou tanto meu coração que hoje tenho facilidade para reconhecê-los.
O lado bom da vida me mostra o quanto é gostoso ter um amigo.
Me tira a palidez dos dias e preenche tudo com muitas cores.
Faz eu querer aprender mais e mais sobre coisas que nem sabia que tinha talento.
E me desperta a vontade de crescer, de melhorar, de evoluir.
De repente descubro mais sobre mim mesma em poucos minutos do que um ano todo me olhando no espelho.
E tudo isso é um anjo que faz a gente querer ainda mais da vida.
Até aprender a dançar. Ou quem sabe ensinar.
Me sinto outra vez protegida.
Como uma criança que procura uma mão maior que a sua pra ser segurada.
Me sinto querida e amada.
E outra vez percebo os milagres de Deus que estão por toda parte.
Despertando em mim o sentimento mais bonito: o da gratidão.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

ESPECIALMENTE... PRA MIM!!!




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O futuro não está muito longe.
Acho que agora ele está bem mais perto.
Pensava no futuro como se ainda eu precisasse viver muitos anos para alcança-lo.
Mas a cada dia que decorre percebo que vou ao encontro dele com muito mais velocidade.
Hoje parei pra pensar na vida.
Na minha vida.
Na vida de outras pessoas.
Os caminhos que segui.
Os que eu escolhi.
Os que me escolheram.
As alternativas que risquei. E até em algumas que inventei.
Lembrei de algumas pessoas que faz tempo que não as vejo.
E de histórias que já não cabem mais no presente.
Senti um ponta de saudade de tudo que foi.
Com uma vontadezinha de querer repetir algumas coisas.
E então pensei no futuro.
E fiquei meio nostálgica.
Nessa linha ténue que separa o que já foi do que está por vir.
Sinto o coração querer começar a bater mais forte.
E uma parte querer controlar. A outra, descontrolar.
Uma parte querer ser certa.  A outra, louca.
Disfarço tudo com uma boa risada.
Só não disfarço o que sinto.
No momento que preciso ser neutra fico descompassada.
Perco o lugar, o chão e a prosa.
A voz sai trêmula, mas vem com uma certeza que me confunde.
Se é sonho ou a voz de Deus .

É um futuro feito de muito presente.
Um presente tão intenso que não percebo ele tornar-se passado.
Só vou.
Avanço.
Me lanço no que ainda não conheço.
Mas que meu coração insistir em  dizer que tudo foi feito especialmente pra mim.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

ME DÁ UMA CHANCE???

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Você estava ali.
Muito antes da minha chegada.
Será que quando te olho você também se sente paralisado?
Porque é assim que me sinto.
Quase sem ação alguma. Sem voz. Sem chão.
Acho que você já percebeu. E nem sei disfarçar.
Não sei esconder o riso que fica querendo sair do canto da boca e ganhar a face inteira.
Basta você chegar pra eu sentir o coração vir bater na palma da mão.
Você nunca me beijou.
Nem me tocou.
Mas sinto como se já te pertencesse há muito tempo.
Foram tantos amores que nunca foram meus.
Mas mesmo você não sendo meu. Sinto como se já fosse.
Vem diz pra mim que isso é loucura.
Que você também não quer.
Resiste. Se entrega. Rodopia.
Faz dessas sensações algo inédito dentro do peito.
Me olha, me contempla, me admira.
Faz de mim o reflexo do que vejo em você.
E se fosse antes? Se a chegada fosse antes, me diz o que faria?
Então, esvazia essa alma, lave com água limpa e venha.
Eu guardei pra você algo que nunca mostrei.
Guardei nas minhas orações.
Mesmo ainda não te conhecendo.
Mas agora eu sei, eu fecho os olhos e sinto.
Vem de você essa alegria toda pra acrescentar com a minha.
Ah como são normais seus sorrisos.
Suas piadas.
Seu charme.
Tudo vem tão natural, tão real.
Me diz quem é você que não se preocupa com as roupas ou com o cabelo.
Mas que sempre que surge é tão bonito.
Revela se você treina todas essas gargalhadas antes de soltá-las.
Ou se é tão espontâneo como seus olhares quando cruzam com os meus.
Me envolve, se envolve.
Junte os seus aos meus desejos.
Venha ser feliz aqui.
Deixe rolar, acontecer, florir.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

SOU MINEIRA.

(..)Sou das Minas de ouro, das montanhas gerais
Eu sou filha dos montes e das estradas reais"(..)

Paula Fernandes


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É engolindo o final de cada palavra e olhando desconfiada que conquisto o mundo.
Vou pela beirada, quieta,na minha.
Levo comigo um terço pras noites de reza que faço no coração.
Não conto um conto antes da certeza.
E nem arrisco ficar de muita prosa com quem ainda não conheço.
Escrevo como falo.
E falo como escrevo.
Não meço as concordâncias nas frases.
E mesmo que eu ainda queria corrigir no final retomo meu jeito de falar.
Se está tudo errado não me sinto ofendida.
Me ofendo quando não posso continuar com meu sotaque.
Nunca pensei em chegar até aqui.
Nem mesmo planejei. Mas agora vivo o que nunca nem sonhei.

Engraçado é o desenrolar da vida.
Moça pronta que sou, não do trela pra tristeza.
Os dias que eram cinzas ficaram cheios de cor em um lugar que nada parece ser colorido.
Nesse estica e puxa do relógio conheço cada dia um ângulo novo.
E me sinto tão a vontade nesse quintal que parece que nunca sai daqui antes.
Já não percorro as ruas com olhos esfomeados por novidades.
Sei que a cada esquina a surpresa é garantida.
Ando por entre esses prédios como quem desbrava montanhas e serras.
Só não acostumo com a água guardada no plástico.
Sinto saudade da água fresquinha na caneca de alumínio pingada do filtro de barro.
Sou faceira nessa terra. Confio jogando o laço.
Espero arrematar a presa pra ter controle da situação.
Observo cada lance. Pesco cada olhar antes de ter meu palpite.
E ainda sim as vezes escorrego.
Mas não caio.
E se tombo pra um lado num instante me levanto.
Lá de onde venho as moças são ligeiras.
E quase sempre encantadoras.
Guardam segredos no coração capazes de deixar qualquer queixo caído.
Mas sabem contornar uma situação com muito jogo de cintura.
Não há quem resista nessa terra de garoa a um sorriso de uma mineira.
Não há paulista que não sinta vontade de lapidar esse diamante bruto.
Sou mineira.
Ora com saudade.
Ora com orgulho.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

HAHAHA

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HAHAHA
As vezes é assim que a gente precisa agir para não chorar.
A vida vai desenrolando e gente acaba descobrindo quem é quem na peça de teatro que acaba sendo nossas vidas.
De repente a gente sai de cena e senta na platéia.
E de lá vamos observando o comportamento de alguns artistas.
O que era o astro do momento vira coadjuvante e muitas vezes termina um episodio sendo um figurante na cena.
De repente aquele que está segurando a cortina, entra e muda todo o contexto da história.
Aí a gente pára de dar risada do sufoco, levanta e vai atuar novamente.
Tendo a esperança de que o final certamente será feliz.
E mesmo que seja só mais um capítulo o importante é continuar sorrindo.
Sorrindo de tudo aquilo que é ridículo aos nossos olhos.
Sorrindo de pessoas que se julgam mais importantes.
Que se acham mais espertas.
Que magoam as outras como se isso fosse a coisa mais natural desse mundo.
Chega de chorar e sofrer por aqueles que não nos prestigiam.
Chega de querer sermos aceitos por aqueles que não se importam com nossos corações.
Para essas pessoas desejo profundamente que continuem onde estão.
Sendo meros figurantes que entram e saem sem qualquer importância na cena.
Na verdade a importância quem dá somos nós.
Autores de nossas vidas.
Lamento profundamente em ver quem foi o astro chegar a ser figurante.
Lamento mais ainda por ter dado um cargo de destaque a quem não tinha a menor competência para atuar com brilhantismo.
Nesse eterno sobe e desce do palco aprendemos a filtrarmos verdadeiros talentos.
E esses sim queremos e fazemos de tudo para termos como grandes estrelas.
Quanto mais pessoas conheço menos conheço o ser humano.
E aqueles que ficaram para trás,  sinceramente merecem estar onde estão.
Ou então merecem irem para trás da cortina e simplesmente ficarem morrendo de vontade de atuarem novamente em nossas vidas.
Onde o grande espetáculo sempre irá brilhar.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

23 DE MAIO.

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Foi ali, sob a sombra de uma árvore que você repousou.
Ali em meio a tanto verde, água, peixes e bancos.
Foi ali, que pela primeira vez percebi o coração bater na garganta.
Ali onde eu senti as pernas fraquejarem e eu não ter domínio algum sobre elas.
Na primeira manhã que te perdi, me senti mais cansada do que triste.
O cansaço veio por chorar até a exaustão.
Naquela manhã de outono o dia amanheceu bonito.
Como você.
Havia um sol que não queimava, mas aquecia. Poucas nuvens. Brisas suaves.
Nenhum fato marcante no mundo.
Na noite anterior, algum anjo deve ter vindo sussurrar no meu ouvido e eu nem entendi.
Caminhava sem pensamento fixo quando soltei:
-Hoje é 23 de maio. Eu queria saber o que aconteceu hoje de tão importante pra uma avenida tão grande daqui ter esse nome.
Três horas depois recebi a resposta.
A resposta que eu temia ouvir independente da minha idade, do dia, do ano.
Uma notícia que eu sabia que um dia aconteceria.
Mas que nunca estaria preparada para recebê-la.
Perder você foi perder um pouco de mim.
Um pouco do que sou. Do que fui. Do que ainda serei.
Sabe, não sei se um dia vou chegar na metade do seu caminho.
Mas se eu chegar até onde você deu seu primeiro passo, terei certeza que fui abençoada.
Devo ter herdado de você essa vontade de sempre ir em frente.
E é por isso que vou continuar.
Você não verá (ou verá???) muitas coisas que ainda estão por vir, mas tenho certeza que me ajudará a conquistá-las.
A tristeza ainda está por aqui. E eu não vou pedir para ela ir embora.
Deixa ela ficar aqui, no cantinho dela. O tempo que for necessário.
Um dia ela também partirá, e no lugar ficará a saudade.
Uma saudade boa.
Das suas histórias, sorrisos, piadas, e conversas.
Ficará a lembrança da sua pose, do brilho dos seus sapatos, da maciez que tinha as suas camisas.
Sentirei por toda vida essa saudade.
Mas também sentirei todo amor que carrego.
Imensurável. Real. Concreto.
Eu fico por aqui.
Calada.
Introspectiva.
Até ter vontade novamente de sorrir com a vida.
Eu sei que a vontade volta. Que a dor acaba. Que a roda gira.
Mas não me esforço para que nada aconteça logo.
Me esforço para seguir. Persistir. Ter fé.
Uma fé tão encantadora como a sua.
A fé que me faz crer que fui privilegiada por ter desfrutado da sua presença em todos esses anos.
E principalmente por ter crescido no seu amor.
Hoje faz uma semana que você não está aqui.
Mas ainda sinto como se estivesse.
Frear as lágrimas diante de algumas lembranças ainda é coisa distante pra mim.
Mas já não choro incansavelmente. E nem para que os outros vejam.
Me emociono. Silencio. E faço uma prece.
Eu sei. Sei que você estará sempre comigo.
Independente de eu conseguir entender tudo que está entre o céu e a terra...Só quem tem o dom de amar consegue compreender a falta que você me faz.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

MEADOS DE JULHO.

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Sinto uma saudade de meados de julho de dois mil e oito.
Metade da minha coragem vem daquela época.
Vem desses meados que não fiz as escolhas certas.
Que eu deveria ter sido mais firme. Mais honesta comigo. E não fui.
Penso e recordo daquele ano com um sabor na boca do que não consegui viver.
Que deixei para depois. Mas que o depois nunca chegou.
Das lembranças doces vem as tardes de inverno. Do céu azul. Dele.
Vem músicas, vozes, promessas. Muitas.
Aqui dentro ficou uma vontade de tudo que poderia ter sido.
Que desejou ardentemente por ter mais força para romper.
Mas que não rompeu.
Ficou só na memória. No coração. Na alma.
Ficou o que levei muito tempo para experimentar. Para tocar. Para sentir.
Aquele ano fez brotar de mim coragem.
E não consigo mais deixar nada para depois.
Com o mesmo medo. O medo de não existir esse depois.
De todas minhas histórias. Essa que me recordo mais.
Vem sempre um aperto no peito.
Um rosto na lembrança.
Um encanto.
Vem sempre essa magia que se arrasta por esses últimos anos.
E que eu sei. Sinto. Lembro.
Que jamais irá passar.
Essa saudade de meados de julho daquele ano ficará comigo.
Por muito. Muito tempo.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

A VELHA ESPÉCIE.

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O que uma mulher inteligente falaria sobre os homens?

Bem, longe de me julgar como tal.
Mas já que tenho um cérebro ativo posso até arriscar um pitaco ao meu modo.
Os homens me despertam atenção quando são dotados de inteligência.
Capazes de misturar humor com bom senso.
Nada me encanta mais no universo masculino do que os que sabem prosear.
Infelizmente nenhum deles vem com manual de instruções.
E mesmo que viessem, jamais iria querer um.
Gosto da peculiaridade que os transforma em seres rústicos e de pouca vaidade.
Que não disputam o espelho com a mulher .
Homens que me fascinam não são misteriosos, não gostam de seduzir o tempo todo e muito menos tem um par de olhos lindos.
Os que me seduzem (sem malícia) geralmente são de pouca ou quase nenhuma beleza física.
Mas vem com uma alma tão enobrecedora que chego a querer ficar bem perto pra ver se aprendo algo.
Nesses casos gosto de trata-los como pequenas pedras preciosas.
Como diamantes brutos que poucas mulheres conseguem enxergar.
Homens maravilhosos não estão em extinção. (Não????)
Não.
São encontrados por aí levantando as 6 da manhã. Trabalhando. Dirigindo. Correndo.
Aos finais de semana podem ser vistos em botecos com os amigos, lavando roupa em casa ou quem sabe na fila do supermercado.
São seres normais.
Mas para apreciá-los é preciso de muita sensibilidade feminina.
A mulher precisa ter tato. Feeling.
Não é qualquer mulher que consegue diferenciar um homem maravilhoso do saco de batatas podres.
Para isso, nós mulheres precisamos estar sempre observando o comportamento.
Principalmente o que fazem com sua inteligência. De que forma a usam.
Se é para o bem ou para o mal.
Você, mulher, como eu, tem que dar carinho. Muito.
Nós precisamos de atenção o tempo todo. Eles, carinho.
Carinho em forma de conversa, de um abraço, de um email ou quem sabe de uma ligação.
Carinho em forma de pensamentos bons, de amizade, de companheirismo e de respeito.
Apesar de serem rústicos se emocionam como nós.
Carregam coração e alma que junto com o caráter faz aos olhos de nós mulheres apaixonarem.
Conquistar a confiança de um homem é muito mais díficil que conquistar de nós mulheres. Não somos seres bobos e muito menos frágeis.
Mas eles, por natureza, são mais desconfiados. São mais quietos. E calados.
Nós precisamos ir com calma com cada um.
Pois ao contrário do que dizem por aí, eles não são iguais.
O que digo, penso e afirmo é que nunca conseguiria viver longe dessa espécie.
Eles me fazem pensar, raciocinar, crescer.
Me envolve em uma teia de predicados que aprecio e que gosto de observar.
Assumo que não os entendo por completo, mas qual a graça teria se um dia os entendessem???

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PLATÔNICO

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Eu sei que ele sabe.
Ele finge que não sabe.
E eu fingo que não sei que ele sabe.
Mas a gente se olha.
E às vezes, nem precisa de saber.
O que todo mundo já percebeu.
Que eu estou gostando de você.
Eu nem consigo disfarçar.
Você fica sem lugar.
Eu fico por entender.
Como pode alguém assim conseguir namorar justo você?
Você bem que tenta não se entregar.
Eu bem que tento não te olhar.
Mas quando você chega eu não mando mais em mim.
Você muda de lugar.
Troca de posição.
Baixa a cabeça e vira em outra direção.
Eu continuo ali parada.
Sem saber muito pra onde ir.
Às vezes você toca em minha mão.
Eu puxo por reflexo.
E no mesmo instante me arrependo dessa decisão.
Você nunca me disse nada.
Eu nunca te perguntei.
Mas qual de nós dois vai confessar tudo de uma vez???

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O SEGUNDO MÊS.

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Agora já sei até nomes de ruas.
E alguns lugares como referência.
Sei que se atravessar fora da faixa corro um grande risco de morrer.
E que se andar mais rápido ganho mais tempo para fazer outras coisas interessantes.
Agora já sei que se olhar o céu pela janela de manhã não quer dizer nada.
Porque aqui as quatro estações acontecem ao longo do dia.
E que carregar a sombrinha dentro da bolsa junto com a escova de dente e um halls nunca é demais.
Agora já sei que o sotaque não vai embora mesmo.
E que as pessoas gostam de ouvir uma mineira falar engolindo o final das palavras.
Sei também que o Corinthians tem a mesma fama de maloqueiro que tinha lá.
Agora já sei que o trânsito aqui não é pra quem é lento.
E que dar seta quer dizer logicamente que o cara vai entrar você dando passagem ou não.
Sei que ter insulfilme nos vidros não é pra enfeitar o carro, mas é questão de segurança.
Agora já sei que passar de carro em uma avenida não é a mesma coisa que passar a pé.
Que os poucos minutos que talvez você consiga atravessar ela de carro, você gasta uma hora só caminhando.
E que aqui tudo tem fila, e geralmente ninguém reclama porque todo mundo já está acostumado.
Agora já sei que atrasar não quer dizer necessariamente que você fez alguma coisa pra que isso acontecesse.
Os atrasos aqui acontece porque o relógio corre mais rápido que um carro na marginal no horário de pico.
E que se vendesse paciência em cápsulas, todo paulistano compraria.
E talvez haveria menos caras feias pela manhã.
Agora já sei que a máquina de lavar roupa + sol  é a fórmula perfeita para você economizar tempo no domingo.
E que sábado de manhã continua tendo o mesmo frescor que os sábados de lá.
E as tardes continuam a me trazer uma sensação de saber o que está acontecendo no mundo.
Agora já sei que se continuar comendo tudo de bom que vê pela frente engorda de verdade.
E que caminhar na avenida movimentada é termômetro para qualquer mulher que tem alguma dúvida sobre sua aparência.
Mas que ficar séria e concentrada ajuda a impor respeito.
Agora já sei que meu jeito de menina não influencia nas minhas amizades.
Que as pessoas aqui que me abrem um sorrisso eu já vou logo dando um abraço.
E que tem muita gente boa nessa terra de tantos estranhos.
E que a cada dia que passa mais portas e janelas se abrem.
E que estou no lugar certo.
No momento certo.
Na hora certa.
Graças a Deus.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

RECOMENDAÇÕES

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No deserto só sobrevive as pessoas inteligentes de alma.
Que sabem que é preciso ter muito mais paciência que agilidade.
Estar no deserto requer fé.
Fé para continuar a caminhar dia após dia sem ter nenhum horizonte.
A fé te impulsiona e te mantém firme nas promessas de Deus.
E este certamente estará te segurando no colo.
Talvez essa seca toda em volta seja para aprender algo.
Algo que você vai precisar no futuro.
Aproveite esse tempo para se fortalecer.
Para amadurecer sonhos e ideias.
Se encha de um combustível chamado esperança.
Levante e diga: é hoje.
E mesmo que ainda não seja, tente viver como se fosse.
A cabeça tem que ser firme. Tem que estar firme. Tem que permanecer o tempo todo firme.
Haverá dias de choro, de desânimo, de raiva ou até mesmo de tristeza.
Mas esses dias passarão.
E você deve continuar a caminhar.
Não se entregue a um quarto vazio.
Não fique reclamando o tempo todo.
Não gaste sua energia com o desnecessário.
Economize palavras.
Silencie e aguarde.
Sua vez. Sua hora. Seu momento.
Tudo que você precisa para sua sobrevivência, Deus providenciará.
Tudo que seu coração deseja, certamente Deus fará ainda melhor.
Melhor que teus sonhos conseguem enxergar.
É por isso que é preciso esperar.
Se está nesse deserto, sem saber para qual lado ir.
Saiba como és especial aos olhos de Deus.
Saiba que Ele está agindo, mas Ele quer que você amadureça nesse tempo.
Que aprenda, que se fortifique, para quando suas promessas sejam realizadas, você saiba aproveitá-las.
Ore, pedindo sabedoria.
Peça paciência.
O tempo que se fica no deserto não importa.
Quando você sair dele, pouco se lembrará de como demorou.
Lembrará somente de tudo que aprendeu e de como mudou.
Outros desertos virão ao longo da vida.
Mas o primeiro deserto é inesquecível.
Você se recordará sempre de como se comportar.
E a melhor coisa a se fazer nesse tempo é saber esperar.
E aprender.
Muito.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

BENEDITA

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O seu olhar naquela rodoviária era de quem já sabia meu destino há muito tempo.
Eu não conheço sua relação com Deus.
Mas sei que vocês são muito chegados.
E Ele deve ter cochichado no seu ouvido que era pra você dormir sossegada.
Você me olhou de um jeito que eu jamais vou esquecer.
Minhas partidas sempre tinham data de retorno.
Mas nesse dia você sabia que tinha criado uma pequena fortaleza.
E me encorajou.
Só pelo olhar.
A gente nunca foi de ficar trocando palavra carinhosa.
Mas sempre o seu carinho vinha com sua eterna preocupação e puxões de orelha.
E dessa forma fui traçando meus contornos e construindo meus alicerces.
Eu sinto sua falta aqui.
É que tudo que meus olhos julgam como novidade ou interesse eu gostaria que os seus também pudessem olhar.
Vem daí toda essa saudade .
De querer ver você enxergar comigo.
Descobrindo tanta novidade como se tivesse minha idade e nunca tivesse vivido nadinha.
Você do meu lado é companhia certa.
A gente ri até do que não tem graça.
E mesmo sabendo que não tem graça, a gente tem nosso jeito de se entender.
E não é porque te conheço há 24 anos que faço isso.
É porque eu acho que já viemos juntas de outras vidas.
Quem sabe eu já até fui sua mãe e você minha filha.
Vai saber não é?!
Como você sabe eu acredito em quase tudo. Até que me provem ao contrário.
E aqui, eu não penso em você.
Mas por favor não se espante.
Eu não penso pra disfarçar sua falta do meu lado.
É que toda vez que lembro de você me olhando vir embora, me dá uma nó na garganta.
E prometi só chorar quando a dor fosse de barriga ou quando o dedinho do pé encontrasse uma quina.
Do contrário eu iria driblar esse nó na garganta fazendo um laço.
É por isso que não penso em você.
Mas te sinto.
Te sinto todos os dias e minutos.
Você está presente no meu jeito de falar e no tom da voz.
Eu sou seu reflexo nessa terra de estranhos.
Sabe Dona Dita, algo me diz que ainda vai ouvir falar muito de mim por aí.
E acho que a senhora sabe disso desde que olhou pela primeira vez.
Eu nasci com asas.
E graças a Deus a senhora nunca as cortou.
(Iara Maria)
Pra Dona Dita, meu amor maior.

terça-feira, 3 de maio de 2011

MARIA CALOU-SE

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De repente ela ouviu o que mais temia.
Maria era fraca pro amor.
As palavras sairam da boca dele como se fossem desses palavrões bem cabeludos.
Embora Maria sabia dessa verdade há muitos anos, constatou que alguém havia reparado.
Engoliu a seco sem nenhum copo de d'agua para ajudar.
Mas nessas alturas, ela queria era um copo de uma bebida bem forte.
Que era para digerir melhor.
Não se importava com o que os outros pensava.
Porém precisava disfarçar melhor essa inaptidão para o amor.
Sabia que se a notícia corresse por aí, seria grande os destroços encontrados.
Por onde passou, ela deixou alguma marca.
Ora era em seu próprio coração.
Ora era no coração de quem se relacionava.
Maria tinha duas almas.
A moça-alegre-carismatica que encantava.
E o lado perverso que destruia.
Era uma luta pertubadora.
Bastava sem encantar por alguém que começava as confusões.
O que Maria não sabia que isso ficou visível para quem estava de fora.
Pensou em levantar da cadeira e sair correndo pra longe.
Mas sabia que isso seria seu lado perverso assinando o papel em branco para confessar.
Preferiu render-se.
Entregar-se.
E dizer que realmente não era um ser perfeito.
Embora para muitas coisas ela era colada com a perfeição sabia que para o amor era fraca.
E calou-se.
Como alguém que acaba de confessar o seu pior crime.
Maria não sabia conduzir o carroagem do amor.
E muito menos domar as rédeas que eram colocadas em sua mãos.
Sentiu um aperto no peito por se sentir incapaz para amar dessa forma.
Sentiu uma vontade imensa de pedir para alguém ensiná-la.
Mas calou-se.
Calou e aceitou sua condição.
Dessa vez sem lágrimas. 
Sem mágoas.
Maria já havia crescido o suficiente para compreender que não poderia saber tudo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

SERÁ QUE VEM???

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Do outro lado da rua vai um casal abraçado.
Eu vou sozinha nesse frio começo de noite.
Ir para casa sem ninguém do lado nunca foi um problema.
A gente só sente falta daquilo que um dia tivemos.
Eu nunca tive.
Logo nem sei como é.
Mas olhando esse casal, lembro que mais um inverno se aproxima.
E particularmente nesse, gostaria muito de estar acompanhada.
Rodeada de um silêncio que me conforta.
Que me atrai e me deixa dormir sossegada.
Gostaria muito de ter uma mão pra segurar quando a temperatura começar a cair nas madrugadas.
E claro, se não for pedir muito, gostaria também de ir embora, nem que seja por um dia, abraçado.
Assim, como esse casal.
Sinto uma ponta de inveja.
Amar não é tarefa fácil, mas ser amado deve ser a mesma sensação de ganhar na mega-sena acumulada.
Como nunca fui.
Logo também nem sei como é.
E se um dia fui, por favor, faça a gentileza de compartilhar comigo.
Não sou um ser de outro planeta.
Garanto que se você aproximar talvez poderá se encantar.
Mas não se engane com aparências meu caro.
Sou composta de gostos exóticos e extremos.
Capaz de me afastar de tudo aquilo que é convencional.
Até de você.
Não porque eu queira, mas me apreciar leva tempo.
E paciência. Aos montes.
As vezes sofro por carregar uma alma tão pesada.
Feita (eu acho) de muitas outras vidas que trago aqui no peito.
Nesse pensamento, agora aqui sozinha, caminhando por essas ruas entre faróis e buzinas.. me lembro de tudo que já foi.
E olhando esse casal sumir naquela esquina mais a frente, não consigo calar essa pergunta.
Será que um dia o amor ainda vem?

terça-feira, 26 de abril de 2011

AFIADA

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Olho diretamente para o relógio em um espaço de tempo muito curto.
O coitado mal tem tempo de rodar o ponteiro.
Talvez ele venha tentado trabalhar rapidamente, mas meus olhos são bem mais ligeiros.
Ao longo de todos esses dias que se passaram como raios, penso nas muitas renúncias que precisei fazer.
Acredito que elas talvez possam dizer muito mais sobre o que sou hoje do que minhas próprias escolhas.
Renunciar tem sido como uma construção de um grande edíficio.
Preciso de vários instrumentos para conseguir alcançar o que me propus a fazer.
E principalmente discernimento para distingui-las.
O que pode ser um caminho mais curto ao meu ver, possa ser para você muito longo.
Mas entendo que todas essas escolhas, feitas de muitas renúncias tem modificado pouco a pouco a minha vida.
O que antes me parecia impossível realizar somente com minha força de vontade hoje me parece tão simples quanto levantar duas horas mais cedo do que o previsto para iniciar as atividades.
Essas horas que salto antes da cama me possibilitam mais tempo comigo.
E tempo aqui nessa cidade grande é mais valioso do que dia de sol em feriado.
Hoje acordei com vontade de mandar uns recados pelo vento.
Mas a essa altura de tudo que acontece, o que menos preciso fazer é isso.
Dizer que mudei.
Basta me ver, pra saber que me tornei uma pessoa prática.
Força das circunstâncias que me cerca.
O que serve, fica. O que não serve, jogo fora.
Bem simples. Sem apego nenhum.
Isso inclui pessoas.
Mas dona Maria Iara (como às vezes me chamam por aqui), justo você jogar pessoas fora?
Infelizmente não sou perfeita.
E muitas vezes fui descartada como um guardanapo que não tem mais utilidade depois de usado.
Como tenho certeza que você também já foi.
Pois então, a gente aprende.
E sinceramente, se as descarto é pura e simplesmente porque de alguma forma não me fazem bem.
Incomodam, magoam, e me tornam um pouco infeliz.
Vai contra tudo aquilo que coloquei na estante como prioridade.
E lá no topo está uma palavrinha mágica: Felicidade.
Manter a felicidade dá muito mais trabalho que manter a própria vida.
Requer tempo, paciência e muito jogo de cintura.
Está bem, sei que acordei afiada. Mas qual o dia que não acordo?
A diferença é que na maioria das vezes as próprias farpas ao invés de saírem, me espetam.
Mas quer saber.
Hoje não.
Hoje coloco tudo pra fora.
Como quem tem certeza de uma coisa.
Que independente do olhar de quem está de fora do jogo, o principal é o olhar de quem está dentro.
E isso, aqui, faz muita diferença.
Quem eu quero, fica.
Quem não me completa, gira.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

AGRADEÇA

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Mesmo que o desânimo da segunda-feira chegue...
Lembre-se de uma coisinha:
Há muitos que gostariam de estar no seu lugar.
Feche os olhos por um segundo e agradeça.
Você é abençoado!!!

sábado, 23 de abril de 2011

DO QUE NÃO SEI.

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Nasci imperfeita para o amor.
Me perdi entre tantos caminhos.
Dei tantas voltas no mesmo lugar.
Sendo sempre aquela que pode ser chamada de companheira.
Aquela que dança com você a noite inteira.
Que te oferece o ombro e a risada.
Mas o que ainda não sei é ser amada.
Aqui ainda há muito para ser esculpido.
Bastante para ser lapidado.
Cheia de medos e de incertezas que nunca vão ter respostas.
Você diz que não há necessidade.
E te peço.
Me rendo e me entrego.
Me dá só um pouco dessa calmaria.
Cessa essa tempestade que não tem fim no coração.
Faz eu sentir o sabor desse amor que tantos falam por aí.
Desse tal de amor que não tem pressa.
Que descansa e repousa sossegado em uma rede.
Não desista.
Não vá embora diante desse meu olhar fechado em dias de sufoco.
Espera.
Fica aqui do meu lado.
Quieto como sempre.
Me olhe.
Olhe com esses olhos de quem já conhece todo nosso futuro.
E que mesmo conhecendo.. ainda me quer.